Policiais militares com uso de cães farejadores ajudam nas buscas ao corpo na região de Panambi
Agnaldo Gimenes Almirão, 47, o “Guina”, disse que matou o ex-cunhado com golpes de barra de ferro na cabeça e depois arrastou o corpo até uma área de mata no Travessão da Figueira, entre os municípios de Dourados e Itaporã. Até agora o corpo de Clelson Velasques Verón, 32, não foi encontrado.
Nesta segunda-feira (23), a Polícia Civil retomou as buscas nos arredores. Equipes do canil da Polícia e do Batalhão de Choque da PM com ajuda de cães farejadores também participam das buscas, na região do distrito de Panambi.
O assassinato ocorreu no dia 6 de outubro deste ano, mas o desaparecimento só foi comunicado à polícia pela mãe de Clelson na semana passada.
Autuado por ocultação de cadáver (crime que mantém a situação de flagrante enquanto o corpo não for encontrado), Agnaldo confessou o crime em depoimento à Polícia Civil e alegou que teria sido ameaçado de morte pelo ex-cunhado. Como Clelson já havia matado uma pessoa em 2013, afirmou que ficou com medo e decidiu matá-lo primeiro.
O criminoso alegou que no dia do crime, Clelson teria brigado com a ex-mulher por causa de dinheiro. A mulher é irmã dele e de Luis Gimenes Almirão, o “Birigui”, outro suspeito de participação no assassinato, que segue foragido.
Agnaldo disse que interferiu em defesa da irmã, pois ela teria sido agredida com socos e chutes, mas foi ameaçado pelo ex-cunhado. Mais tarde, ainda segundo a versão do assassino confesso, ele e “Birigui” encontraram Clelson na estrada e teria ocorrido uma briga entre eles.
“Guina” afirmou que o ex-cunhado ficou desmaiado após a briga. Por medo, alegou que decidiu matá-lo. Clelson foi levado até uma mata perto do Travessão da Figueira e morto com golpes de barra de ferro na cabeça. Ele inocentou o irmão e disse que “Birigui” apenas dirigiu a caminhonete usada para levar Clelson até o local do crime.
No sábado (21), o juiz plantonista Deyvis Ecco decretou a preventiva de Agnaldo. A ex-mulher de Clelson negou participação no crime e é tratada até agora apenas como testemunha. Eles tiveram cinco filhos e foram casados por 15 anos.