O pedreiro Edemar Santos Souza, de 31 anos, confessou que matou a namorada Doralice da Silva, de 42, em Maracaju, na noite da última sexta-feira (20/6). Ele contou aos policiais que praticou o feminicídio “movido por ódio e ciúmes”.
O assassino detalhou que no dia do crime, ele a vítima foram até um bar e beberam cerveja, isso por volta das 11h. Depois, se dirigiram para outro estabelecimento, onde consumiram mais bebida alcoólica. Na volta para casa, se envolvendo em um acidente de motocicleta.
Doralice conseguiu ligar a moto e foi até a sua residência para deixar comida para as filhas e Edemar ficou esperando para irem até outro bar. Porém, ela demorou e o pedreiro foi até a casa e ficou esperando.
Quando a mulher chegou, deixou a motocicleta na calçada, e ao entrar mandou que Edemar fosse embora de sua casa. Ele disse que ia pegar suas roupas e ferramentas, mas ela o mandou buscar no dia seguinte.
Edemar pegou algumas roupas e colocou em uma carriola. Quando voltou para buscar o restante, questionou Doralice se ela iria sair com o homem que a estava esperando em um veículo Gol, na esquina.
Quando Doralice disse que sim, Edemar relatou que foi movido pelo ódio e ciúmes e pegou uma faca desferindo golpe no pescoço da vítima.
Logo em seguida, ele desferiu três socos no rosto dela e passou a dar mais facadas no pescoço da namorada. Ele ainda disse aos policiais que ficou com mais raiva quando se lembrou que na semana anterior havia sido agredido por Doralice.
Relacionamento marcado por brigas
Segundo o relato de uma das filhas da vítima, a mãe e o padrasto se relacionavam há um ano e agora em 2025 foram morar juntos. Ela contou que o namoro era marcado por muitas brigas.
A menina contou que Edemar era obsessivo, ciumento e agressivo e sempre que os dois brigavam, ela tinha que se meter entre o casal. Durante algumas brigas, o pedreiro chegava a sair de casa para a residência de sua mãe ou ia para a casa desabitada, que seria de seu pai.
Edemar com passagens policiais
De acordo com a polícia, Edemar Santos Souza tem passagem pela polícia por crimes contra a mulher. Há quatro anos, a mãe, de 57, o denunciou por ameaça, em Maracaju.
À época, ele e a então companheira, moravam nos fundos da casa da mãe do pedreiro.
Alcoólatra, o autor tinha o hábito de ofender a mãe e a ameaçou caso ela denunciasse à PC (Polícia Civil). A então companheira também era alvo de xingamentos. Porém, a mulher relatou ter medo do pedreiro e nunca o denunciou. A mãe de Edemar solicitou medidas protetivas e que o filho fosse retirado da casa.