Foi preso na madrugada desta quinta-feira (23) o autor do assassinato de Vanderson Raynan Ferreira da Silva, 24, ocorrido ontem à noite em um bar em Dourados. Luan Gondim de Souza, 21, é ex-marido de Kimberlin Lunelli da Silva, 23, também ferida a tiros durante o ataque.
Com antecedentes criminais por tráfico de drogas outro homicídio, ocorrido em 2022, Luan havia saído recentemente da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e estava ameaçando a ex-mulher e seus familiares.
Por volta de 20h de ontem, Vanderson, Kimberlin e outros amigos bebiam e fumavam narguilé em um bar localizado na Rua Balbina de Matos com a Rua Ponta Porã, ponto de encontro de jovens e estudantes que frequentam universidades da região.
Armado com uma pistola calibre 9 milímetros e usando capacete, Luan deixou a moto ligada no estacionamento, se aproximou da mesa onde estava o grupo e começou a atirar.
A jovem foi ferida com pelo menos seis tiros nas costas e no ombro e segue internada no Hospital da Vida. Morador em Itaporã, Vanderson também foi alvejado e tentou correr, mas caiu alguns metros adiante, na porta do bar, e morreu.
Policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) assumiram as investigações e, com base em informações de testemunhas, identificaram Luan como autor dos crimes.
Com apoio da Polícia Militar, a equipe chefiada pelo delegado Erasmo Cubas localizou o criminoso em um residencial próximo ao Monumento ao Colono, na saída de Dourados para Campo Grande.
A arma foi encontrada com ele. Luan confessou ser o autor do atentado. Após ser interrogado na sede do SIG, ele foi levado para a carceragem da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
Outro assassinato – Em abril de 2022, Luan havia assassinado outro desafeto, Jhonatan de Souza Quevedo, 19, durante briga no meio da rua, no Residencial Estrela Porã. “Jhonatan B”, como era conhecido, foi morto com três tiros.
Uma semana depois, Luan se apresentou à polícia e confessou a morte de Jhonatan, alegando ter agido em legítima defesa. Com prisão decretada, ele permaneceu recolhido. Em maio de 2024, foi julgado e condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto.
De acordo com a Polícia Civil, o crime desta quarta-feira teria sido motivado por ciúmes. Luan havia se separado recentemente de Kimberlin e estaria fazendo ameaças constantes contra a vida dela. Vanderson, amigo Kimberlin, também se tornou alvo do atentado.