A ação da polícia contra empresa clandestina acusada de adulterar mel de abelha, hoje de manhã em Dourados, cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas dos investigados e na fábrica, localizada na Rua Manoel Santiago, na Vila Aracy. A moradora, uma das investigadas, foi levada à delegacia para depoimento, mas não chegou a ser presa.
A Operação Dextrina foi desencadeada pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) com apoio de policiais da 1ª Delegacia de Polícia.
Segundo a Decon, a investigação mostrou que empresários de Dourados falsificam e adulteram mel, adicionando glicose, dextrina e outros produtos químicos. A fraude foi comprovada por análise técnica feita pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).
Na casa, os policiais encontraram grande quantidade de materiais usados na fabricação dos produtos falsificados, como rapadura com data de validade vencida, sementes e casca da árvore sucupira, mel adulterado em tambores, frascos, rótulos de produtos já vendidos no comércio e frascos de óleo de sucupira.
Conforme a Decon, os responsáveis são investigados por misturar produtos diferentes e vender o mel como puro (Lei 8.137/90) e por falsificação de selo público (artigo 297 do Código Penal).
Selos falsificados e outros documentos que comprovam a falsidade foram apreendidos. A empresa que não possui autorização para funcionar foi fechada. Todo o material apreendido foi entregue à Vigilância Sanitária. O mel impuro pode trazer graves problemas de saúde a quem é diabético, problemas renais, do coração e fígado. O nome da operação faz menção a um dos produtos utilizados para adulterar o mel, a dextrina.