Após o processo ficar parado por um ano, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, marcou para 15 de fevereiro de 2023 o júri popular pelo assassinato do universitário Matheus Coutinho Xavier, 20 anos. Este será o primeiro julgamento por homicídio do empresário Jamil Name Filho, do guarda municipal Marcelo Rios e do policial civil Vladenilson Daniel Olmedo, por uma execução brutal.
O júri popular vai ocorrer quatro anos após o homicídio, ocorrido às 18h de 9 de abril de 2019, e que acabou na Operação Omertà, responsável por colocar na prisão o poderosíssimo empresário Jamil Name. Réu pelo crime, ele morreu em decorrência das complicações da covid-19 em junho do ano passado.
Conforme o Ministério Público Estadual, ele e o filho, Jamilzinho, contrataram o grupo para executar o policial militar Paulo Roberto Teixeira Xavier. No entanto, os supostos pistoleiros, José Moreira Freires, o Zezinho, e Juanil Miranda Lima, erraram o alvo e mataram o filho, que manobrava a caminhonete para colocar na garagem da residência. Os disparos foram de fuzil.
O magistrado chegou a marcar o júri popular para o dia 28 de outubro de 2020. No entanto, a defesa recorreu contra a sentença de pronúncia e o júri popular foi suspenso. Em 13 de outubro do ano passado, Pereira determinou que o julgamento fosse marcado. No entanto, o processo ficou parado por mais de um ano.
Nesta terça-feira (8), o processo foi devolvido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e voltou a tramitar na 2ª Vara do Tribunal do Júri. O júri não foi marcado antes por falta de data disponível, conforme despacho do juiz.
“Considerando que os autos somente vieram do TJ nestadata; Considerando que a pauta de julgamentos deste ano está encerrada, aliás ainda têm muitos júris a serem realizados até dezembro/22; Considerando a suspensão dos prazos processuais no recesso forense, incluindo meados de dezembro e janeiro próximo, sem dizer das férias individuais; Considerando, finalmente, que o julgamento dos referidos acusados no Plenário do júri já foi agendado para o dia 28-10-2020, portanto, há mais de dois anos conforme despacho de f. 6627-8, todavia em razão dos recursos das defesas teve que ser adiado: Assim, designo nova data do julgamento de todos os acusados para o dia 15-02-2023 às 8 horas no tribunal do júri”, determinou o Aluizio Pereira dos Santos.
Além desse crime, Jamilzinho pode ir a júri popular pela execução do empresário Marcel Hernandez Colombo, o Playboy da Mansão. O juiz rejeitou leva-lo a júri pela execução do chefe de segurança da Assembleia Legislativa, Ilson Martins Figueiredo, mas o MPE recorreu e aguarda julgamento do recurso do TJMS.