O juiz Alessandro Leite Pereira, da 1ª Vara Criminal, decretou a prisão preventiva de Nazinho Fonseca Lopes, 33, flagrado ontem (6) com 230 quilos de cocaína pura em Dourados. Vinda do Paraguai em carga de carne bovina, a droga foi avaliada em pelo menos R$ 27 milhões e seria levada para o porto de Santos. De lá, seria despachada de navio para o exterior.
Em audiência de custódia nesta tarde, o magistrado citou o alto valor da droga e os antecedentes criminais do acusado para homologar o flagrante e decretar a prisão preventiva (sem prazo definido).
“Impõe-se a prisão preventiva do autuado em razão da reiteração criminosa, se mostrando imprescindível a custódia cautelar para garantia da ordem pública, a evitar novos crimes pelo autuado, além de desmantelar a organização criminosa proprietária de tais entorpecentes. O flagranteado [Nazinho] é reincidente, possuindo condenações por crimes patrimoniais e recentemente cumpria pena por tráfico de drogas cometido na Comarca de Presidente Epitácio (SP)”, afirmou Alessandro Leite Pereira.
Alessandro Leite Pereira foi preso no início da noite de ontem por policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 1ª Delegacia de Polícia logo após ir pela terceira vez na casa onde estava a cocaína, na Rua Bertoldo Miranda Barros, no Jardim Flórida II (região oeste da cidade).
Ao ser abordado de carro, ele destruiu o celular, batendo o aparelho na alavanca do câmbio do veículo, para ocultar provas. Inicialmente, disse aos policiais que a droga era dele, mas em depoimento na delegacia mudou a versão e alegou não saber que se tratava de cocaína.
Disse que havia sido contratado por R$ 2 mil para guardar a carretinha com ferramentas, cobertas com lona. O contratante, segundo ele, seria homem desconhecido que havia encontrado em um bar, no dia 1º deste mês.
Embalados com adesivo da Versace, marca italiana de moda de luxo, os tabletes de cocaína estavam em caixas de papelão da indústria de carne Beef Club, de Concepción, cidade paraguaia localizada a 320 km de Dourados.
A região de Concepción abriga entrepostos da cocaína trazida de avião da Bolívia. De lá, a droga é transportada por terra para Mato Grosso do Sul e posteriormente levada aos portos.
Crédito: Campo Grande News