O juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da 3ª Vara Criminal de Dourados, decretou a prisão preventiva de Mayra de Lima Luna, de 22 anos, e do seu amante, Bruno José Feliciano, de 21, suspeitos de terem arquitetado o assassinato do marido de Mayra, o borracheiro Douglas Novaes Rocha, de 27 anos. Bruno José continua foragido.
O Ministério Público pediu pela conversão da prisão de Mayra em preventiva, devido a gravidade do crime, cometido "sem chances de defesa da vítima". Bem como pelo fato do assassinato ter sido cometido na residência em que estavam os filhos do casal.
Por outro lado, a defesa da jovem, pediu a liberdade de Mayra alegando que ela possui trabalho e residência fixa, além de três filhos menores e nunca foi presa ou processado. O juiz, entretanto, rejeitou a alegação e estendeu a prisão preventiva a Bruno também a pedido do MP.
O caso
Mayra acusou o amante de ter desferido os golpes de faca enquanto a vítima dormia, no entanto, a polícia desconfia dessa versão. Vestígios encontrados na residência do casal, onde Douglas foi morto, levantam suspeitas de que foi ela a autora das facadas enquanto o marido dormia. Só depois Mayra teria chamado Bruno, para ele ajudá-la a se livrar do corpo.
Mayra contou à polícia que por volta de 0h20 de segunda-feira, ligou para Bruno e avisou que Douglas dormia no sofá e que era a oportunidade para o crime. Quinze minutos depois, o amante chegou à casa, de bicicleta. Ela diz ter ouvido o marido gemendo enquanto era esfaqueado. Depois das facadas, Bruno teria pegado o Fiat Palio de Douglas e levado o corpo até a margem da estrada entre os bairros Guaicurus e Jóquei Clube.
Ainda segundo o depoimento da mulher, em seguida o amante voltou até a casa para devolver o veículo e ela o agradeceu por assassinar o pai de seus três filhos. De manhã, Mayra contou ter ido até a casa de sua mãe e depois até a casa da sogra, para perguntar do marido.
Na tentativa de encobrir o crime, ela chegou a ligar para o pai de Douglas para perguntar do rapaz e foi até a borracharia onde o marido trabalhava, para perguntar se alguém sabia do paradeiro dele. Bruno José Feliciano, o amante, já tem antecedentes criminais e segundo depoimento de sua mãe, ele ficou quatro meses preso em Ponta Porã, por tráfico de drogas.
Douglas tinha descoberto o caso extraconjugal da mulher no dia 3 deste mês e contado a um amigo que havia decidido perdoar a mulher e “passar uma borracha” na história.