Crime ocorreu terça-feira; Maicon Almeida de Oliveira confessou que matou Carlos Marani usando golpes de muay thai
O juiz plantonista Eduardo Floriano Almeida decretou a prisão preventiva do lutador de muay thai Maicon Almeida de Oliveira, 21, assassino confesso de Carlos Roberto Marani, 61. O crime ocorreu terça-feira (4) na casa de Carlos, na Rua Monte Castelo, no Jardim Maringá, em Dourados.
Preso horas após o crime, Maicon confessou ter usado técnicas da arte marcial tailandesa para matar Carlos após descobrir que a vítima matinha caso amoroso com sua companheira, de 27 anos de idade. Maicon e a mulher estavam junto há dois meses e ela espera um filho dele.
Carlos teve afundamento de crânio, fratura no maxilar e o olho direito esmagado por cotoveladas e chutes. Em depoimento na delegacia, Maicon confessou que estava com ódio de Carlos e que desferiu os golpes com a intenção de matá-lo.
Durante audiência de custódia, nesta quarta-feira (5), o magistrado decidiu manter a prisão de Maicon por tempo indeterminado devido ao perigo que a liberdade dele representa.
“O crime foi perpetrado com extrema violência, ceifando a vida da vítima mediante golpes brutais, notadamente cotoveladas na região da face, que resultaram em afundamento de crânio, fraturas e outras lesões gravíssimas, evidenciando a elevada periculosidade do agente e a necessidade de resguardar a ordem pública, especialmente diante da gravidade concreta da conduta”, afirmou Eduardo Floriano Almeida.
O magistrado continua: “ressalte-se que a motivação fútil do delito - decorrente de ciúmes e do sentimento de posse em relação à vítima -, associada ao modus operandi extremamente brutal, reforça o risco que a liberdade do custodiado representa à sociedade. Além disso, há registros de antecedentes criminais relacionados à prática de violência doméstica, com histórico de ameaças e medidas protetivas anteriormente deferidas em desfavor do investigado, evidenciando sua propensão à reiteração delitiva e o perigo concreto de novos delitos, especialmente contra mulheres. As circunstâncias do crime, aliadas ao histórico do investigado, demonstram de forma inequívoca a necessidade da custódia cautelar”.
Conforme o juiz plantonista, os depoimentos de testemunhas e da companheira de Maicon apontam que ele agiu de forma consciente e deliberada ao praticar os atos criminosos, “afastando qualquer dúvida sobre sua intenção homicida”. O lutador também foi preso por violência doméstica contra a mulher. Ela pediu medida protetiva contra ele. Com a decisão da audiência de custódia, Maicon será levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).