O juiz Ricardo da Mata Reis, da comarca de Dourados, decretou nesta quinta-feira (22), durante audiência de custódia, a prisão preventiva de quatro integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), detidos terça-feira (20) pela Polícia Civil. O grupo formava uma célula da facção criminosa responsável pelo envio de cargas de droga da fronteira para São Paulo.
Com a decisão, Hemerson Marcos Cosine, 51, o “Calunga PCC”, Diogo Ifran Vargas, 31, Walter Nunes do Nascimento, 63, e Bruno Laurentino da Silva, 24, vão continuar presos e serão levados para o sistema penitenciário.
O bando foi preso em operação que localizou 589 quilos de maconha em uma chácara no Distrito Industrial de Dourados. A droga estava num contêiner refrigerado. Walter foi preso na chácara. Hemerson e Bruno foram presos quando se deslocavam em um Corsa, usado para distribuir droga.
Usando tornozeleira eletrônica, Diogo foi preso em casa. Ele tentou destruir o celular, para apagar provas. Durante a audiência, o juiz autorizou a quebra de sigilo dos celulares apreendidos com os suspeitos. A perícia será feita em dados do período entre 1º de janeiro de 2023 e 20 de maio, dia da prisão. Segundo o magistrado, a medida "[...] é necessária para esclarecer o papel dos suspeitos e identificar possíveis outros envolvidos no crime".
O juiz também determinou encaminhamento dos presos ao sistema prisional e tratamento médico para Diogo, que tem bronquite asmática. Segundo a polícia, ele coordenava a logística para envio de drogas. Já “Calunga PCC” é peça importante na facção. Após passar quase 30 anos na cadeia, ele atuava como jardineiro em Dourados. A polícia afirma que a profissão era apenas de fachada, para esconder sua atuação criminosa.