Sueli da Silva terá que seguir as medidas cautelares exigidas pelo juiz Márcio de Britto, da 3ª Vara Criminal de Dourados
Acusada de ter planejado, organizado ao longo de oito meses o crime que matou Zuleide Lourdes Teles da Rocha, de 57 anos, a “mãe de santo” Sueli da Silva, 56 anos, teve sua liberdade permitida pelo juiz Márcio de Britto, da 3ª Vara Criminal de Dourados. Britto decretou a prisão preventiva dos outros envolvidos no crime que já foram levados para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Willian continua preso em Jaciara (MT) .
A liberdade para a mulher, que arquitetou toda a morte da detetive foi concedida desde que ela siga as medidas cautelares como proibição de se comunicar com qualquer parente da vítima e de sair de casa à noite e aos sábados, domingos e feriados.
A liberdade de Sueli, teve como fatores de facilitadores dela ser mãe de uma criança e uma adolescente.
Arma que matou Zuleide com tiro na cabeça foi encontrada na casa de “mãe de santo”, escondida em um monte de areia.
O crime
Durante depoimento à polícia, José Olímpio contou a versão dos fatos que ligam as pessoas que planejaram e mataram Zuleide com um tiro na cabeça. José Olímpio afirmou ter conhecido Willian em Pontes e Lacerda (MT), onde chegaram a dividir casa. Já em 2021, passando por dificuldades, ele procurou o amigo, que estava em Dourados, e foi convidado a se mudar para Dourados.
Givaldo no entanto, prometeu a José, casa e emprego, já que ele era bastante influente na cidade. Uma semana depois de chegar à cidade José Olímpio já estava empregado em escritório de contabilidade localizado na Avenida Hayel Bon Faker. Influenciado também pelo detetive, José Olímpio foi morar na casa de Sueli, no residencial Dioclécio Artuzi, mesma região onde Zuleide foi morta. No local também moram o marido da mãe de santo e o filho do casal, de 14 anos.
O crime, segundo as investigações estaria sendo planejado por cerca de oito meses, já dia 10 deste mês, supostamente “incorporada com o guia espiritual”, Sueli teria dito a José Olímpio para ele matar Zuleide, pois seria “protegido pelo guia”. Ele afirmou ter se negado inicialmente, mas acabou cedendo.
José relatou à polícia que foi Sueli e Willian que armaram a emboscada para a empresária. Usando o chip de celular habilitado por Givaldo em nome de uma antiga cliente já morta, a mãe de santo ligou para Zuleide e marcou encontro com a desculpa de que estava interessada em contratar seus serviços de detetive.
O pistoleiro contou que Zuleide, possuía desavenças com o filho do marido, Willian e que ela já teria inclusive mandado o enteado embora de casa. Ele também estava morando na casa da mãe de santo.
Na tarde de sábado, quando a mulher chegou ao local do suposto encontro, Willian e José Olímpio já a esperavam. Sob a mira do revólver comprado por Givaldo, no Paraguai e entregue pela mãe de santo, a dupla arrancou a empresária da picape Montana.
Willian ficou no carro com o sobrinho-neto de Zuleide, garoto de 7 anos que a acompanhava. José Olímpio levou a vítima até uma mata nos fundos do residencial Vival dos Ipês e a matou com tiro na cabeça.
(Com informações Adilson Domingos)