Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo Gaeco; policial de Dourados foi preso com arma ilegal
A operação deflagrada nesta quarta-feira (30) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em Ivinhema apura falsificação na transferência de uma caminhonete importada RAM branca.
Em nota oficial, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul informou que a Operação Contrafação cumpriu oito mandados de busca e apreensão domiciliar, um mandado de busca e apreensão da caminhonete e intimações sobre imposição de medidas cautelares.
Entre os alvos dos mandados estão o prefeito reeleito de Ivinhema Juliano Ferro (PSDB), o comerciante Luan Vinicius da Silva Matos (preso em flagrante por porte ilegal de armas e munições) e pelo menos dois policiais militares – um de Ivinhema e o outro residente em Dourados (também preso em flagrante).
Buscas foram feitas na casa de Juliano Ferro, na loja de revenda de veículos Alvorada Multimarcas e num supermercado, ambos de propriedade da família de Luan Matos.
Segundo o MP, as investigações revelaram que a caminhonete importada pertenceu ao prefeito Juliano Ferro e a Luan Matos, mas nunca foi transferida oficialmente em nome de qualquer um deles.
Por fim, a RAM teve a transferência efetivada para o nome de dois policiais militares, “baseada em documentação falsificada”, conforme a investigação do Gaeco.
A transferência ocorreu em junho de 2023, na agência do Detran em Maracaju. Entretanto, o proprietário da RAM que aparecia no sistema do órgão de trânsito já havia falecido há mais de 3 anos, o que demonstra falsificação. Durante cumprimento dos mandados, foram apreendidos R$ 79 mil em dinheiro, armas, carregadores e munições.
O Campo Grande News apurou que em Dourados foi preso um policial militar de 43 anos, identificado como Rodrigo. Na casa dele, no Jardim Europa, região norte da cidade, policiais da Coordenadoria Militar da PMMS apreenderam uma pistola 9 milímetros da marca CZ (fabricação checa), com numeração raspada.
Também foram apreendidos um revólver calibre 32, registrado em nome de terceiro, e uma pistola calibre 7,65, registrada em nome do policial.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, os documentos das armas estavam vencidos. Carregadores e munições também foram apreendidos na residência. A reportagem apurou que Rodrigo está afastado da Polícia Militar para tratamento de saúde.