Policiais civis, com apoio da Perícia Criminal e da concessionária Energisa, deflagraram nesta quinta-feira (9) a Operação Leitura Segura para coibir furtos de energia elétrica e fraudes na medição de consumo em imóveis em Itaquiraí. Participaram quatro equipes policiais, uma equipe pericial e 14 equipes técnicas da concessionária, que realizaram mapeamento e vistorias em 29 endereços da cidade.
Dados técnicos fornecidos pela Energisa subsidiaram diligências em locais com divergências relevantes de consumo. Após fiscalizações em campo, as irregularidades foram confirmadas em parte dos imóveis vistoriados. Oito pessoas foram conduzidas à Delegacia e serão investigadas pelo crime de estelionato (fraude no medidor).
O delegado Sílvio Ramos Pereira e a representante de Relações Institucionais da Energisa, Denise Simões, esclareceram que o popular “gato de energia” pode configurar furto ou estelionato, a depender da conduta apurada.
Além do caráter criminoso, as ligações clandestinas representam risco elevado à vida, com potencial para incêndios e explosões. “Toda semana estamos em algum ponto do Estado, com apoio da Polícia, realizando fiscalizações rigorosas para reduzir o número de furtos de energia. A prática causa prejuízos econômicos e riscos à população: danifica a rede, impacta a qualidade do fornecimento e eleva o custo para os demais consumidores”, afirma Denise Simões.
Além de onerar usuários regulares, as fraudes sobrecarregam a rede elétrica, aumentando a susceptibilidade a quedas e oscilações no fornecimento. Estimativas referidas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) apontam que as perdas por furtos e fraudes no país alcançam patamar superior a 31,5 mil GWh/ano, volume suficiente para atender, por longo período, a uma parcela expressiva do consumo em diversas regiões.
As investigações prosseguem para identificar outros pontos de irregularidade em Itaquiraí e apurar a responsabilidade penal dos envolvidos. Os materiais periciais e relatórios técnicos colhidos na operação serão juntados ao inquérito policial, que apontará a tipificação adequada para cada caso (furto ou estelionato), conforme a dinâmica constatada em cada imóvel.