Policiais civis da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) prenderam quatro pessoas, na manhã desta quinta-feira, em Campo Grande, suspeitos de passar por falsos policiais para roubar veículos. Um deles chegou até a se passar por oficial de justiça.
De acordo com a investigação, três pessoas roubaram dois veículos, nos dias 25 de janeiro e 8 de fevereiro, de forma violenta contra as vítimas. O quarto suspeito dava o suporte financeiro à quadrilha, recebendo os valores das vendas dos veículos roubados.
No dia 25 de janeiro, uma vítima foi abordada com seu Ford Fiesta. Um dos bandidos se passou por oficial de justiça e afirmou ter ordem judicial para apreender o veículo. Confrontado, o suspeito agiu com violência, puxou as chaves das mãos da vítima, machucando-a e saiu rapidamente com o veículo.
A quadrilha usou o mesmo modus operandi no dia 8 de fevereiro. Os suspeitos se passaram por policiais civis e abordaram outra vítima afirmando que iriam apreender um Volkswagen Gol e levá-lo à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. Questionado, um dos suspeitos ameaçou a vítima e levou o carro. O carro foi recuperado pela Defurv cinco dias depois e o proprietário de uma garagem foi preso anunciando o veículo.
Durante a investigação, a Polícia Civil conseguiu identificar que o líder da organização, de 39 anos, se passava por agentes para abordar as vítimas. Também foi descoberto que o pagamento da venda do veículo foi para conta de um estelionatário de 83 anos.
Segundo a polícia, as vítimas reconheceram o primeiro suspeito, de 39 anos, que simulou ser oficial de justiça e policial civil. Também foi apontado que ele tem um vasto histórico policial pela prática de crimes semelhantes. Ele foi preso no dia 24 de janeiro, depois de fugir do sistema prisional por se passar por policial para roubar em 2017. Durante as diligências, os comparsas foram identificados, de 44 e 55 anos.
Nesta manhã, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do suspeito de 44 anos e nos quartos de hotel no Jardim Aero Rancho, onde os outros dois, de 55 e 83 anos, estavam. Contra eles também havia pedidos de prisão preventiva.