Quatro mandados de prisão temporária foram cumpridos hoje em Ponta Porã e Pedro Juan
Bandidos radicados na fronteira do Brasil com o Paraguai planejavam assassinar um agente da Polícia Federal. O plano foi descoberto pelo serviço de inteligência policial e nesta terça-feira (9) a PF desencadeou a “Operação Degental” para cumprir quatro mandados de prisão temporária.
Com apoio da Polícia Nacional do Paraguai e da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), os mandados foram cumpridos em Ponta Porã (MS), em Pedro Juan Caballero (Paraguai) e Maringá (PR). Entre os locais vistoriados hoje está a Unidade Penal “Ricardo Brandão”, em Ponta Porã.
A Polícia Federal não divulgou detalhes, mas a Polícia Nacional do Paraguai informou que em Pedro Juan Caballero foi preso o brasileiro Amauri Carlos Garcia Braga, 45. Ele será expulso daquele país e entregue à polícia do Brasil.
Segundo a PF, a operação foi desencadeada para prender os membros da organização criminosa após denúncia revelar o suposto plano para executar o agente federal.
Durante a operação desta terça foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e apreendidos R$ 50 mil, além de cinco celulares encontrados nas celas do presídio de Ponta Porã. Degental é como é conhecido o distintivo dos policiais federais.
Policial morto
Em março de 2018, o policial civil Wescley Vasconcelos, 37, foi morto com pelo menos 30 tiros de fuzil em Ponta Porã, a poucos metros de sua casa.
A polícia sul-mato-grossense passou vários meses investigando o caso, alguns suspeitos foram detidos, mas não houve declaração oficial sobre as investigações.
A principal suspeita é de que o narcotraficante Sergio Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”, tenha mandado matar Wescley após o policial descobrir seu esconderijo na fronteira. “Minotauro” foi preso em Balneário Camboriú (SC), em 2019.