Felipa Benitez Benitez vende cosméticos no Brasil, mas no Paraguai aparece como dona de empresa que movimentou R$ 143 milhões
Na manhã de ontem (30), Felipa Benitez Benitez, 58 anos, foi capturada pela Polícia Federal acusada de ligação com o tráfico internacional de armas e de drogas.
De acordo com a Polícia Federal, ela atua como vendedora de cosméticos de porta em porta em Ponta Porã, mas em território paraguaio aparece como dona de empresa que movimentou quase R$ 150 milhões. A empresária paraguaia, vivia há 40 anos no Brasil.
Felipa também tem o nome ligado à empresa Comtecpar S.A, investigada por tráfico internacional de armas, que seria, inclusive, a fornecedora da metralhadora antiaérea calibre 50 usada para executar o narcotraficante Jorge Rafaat, em junho de 2016.
Incluída na lista vermelha de procurados pela Interpol (polícia internacional), Felipa Benitez Benitez teve a prisão preventiva decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para fins de extradição, acusada de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Segundo a PF, que cumpriu hoje contra a empresária mandado de prisão preventiva para fins de extradição, expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), dentre as empresas no esquema investigado está uma agência de viagens e outra, que movimentou mais 200 bilhões de guaranis, algo em torno de R$ 143 milhões.
Empresa – Investigada desde 2016, a Comtecpar S. fornecia materiais e produtos ao governo paraguaio, bem como, importava e exportava armas e munições. A empresa já havia sido apontada como responsável por negócios ilegais com artefatos de guerra, como granadas e metralhadoras calibre 50.
Carlos Federico León Campos, dono da Comtecpar, foi investigado por fornecer a arma usada para perfurar a blindagem do utilitário Hummer, onde Rafaat estava quando foi executado. A Comtecpar também é acusada de fornecer arma para a maior facção criminosa do Brasil, o PCC (Primeiro Comando da Capital), que tem forte atuação no Paraguai.