O crime contava com o apoio de servidores dos Detrans de três estados
A Policia Federal em conjunto com a Policia Rodoviária Federal, cumprem 82 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão em MS e mais 10 estados, São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Pará, Goiás, Paraíba, Ceará, Paraná, Pernambuco e Maranhão.
A "Operação Fiat Lux" foi deflagrada para desarticular uma quadrilha que já adulterou pelo menos 10 mil veículos no Brasil, sendo que cerca de 3.300 deles são viaturas do Exército Brasileiro.
O Poder Judiciário, a pedido da Polícia Federal, determinou o afastamento das funções de 95 servidores do Detran. Oitenta e cinco são servidores do Detran-SP; sete do Detran-TO; e três do Detran-MG. Vinte despachantes também foram afastados de suas funções no estado de São Paulo.
O Inquérito Policial, instaurado no fim de 2020, teve origem após ter sido detectada a clonagem de veículos do Exército. Os números dos chassis eram utilizados ilegalmente com objetivo de obter documentos legítimos, de forma a tentar “legalizar” veículos oriundos de roubo ou furto.
A investigação apontou que as "clonagens" dos chassis do Exército só foram possíveis, porque contaram com a participação de servidores do Detran e de despachantes. Equipes do Exército prestaram apoio logístico durante a deflagração da Operação Fiat Lux, sendo relevante ressaltar que a investigação não aponta a participação de integrantes do Exército nas fraudes.