O soldado da Polícia Militar Deyvison Hoffmeister dos Santos, 33, lotado na Força Tática do 3º Batalhão da PM em Dourados, foi condenado nesta quarta-feira (1º) a 24 anos e 9 meses de prisão por peculato, comércio ilegal de armas e tráfico de drogas.
A pena foi determinada pelo juiz da Auditoria Militar Alexandre Antunes da Silva durante julgamento nesta tarde, na Justiça Militar em Campo Grande.
Por unanimidade, o conselho de sentença (formado pelo juiz e por quatro oficiais da PM) também votou pela exclusão de Hoffmeister dos quadros da Polícia Militar.
O policial foi denunciado por vender armas e drogas apreendidas durante policiamento nos bairros de Dourados. As negociações com os compradores eram feitas através do aplicativo WhatsApp.
Na mesma decisão, o conselho de sentença decidiu pela absolvição dos cabos Robson Valandro Marques Machado, 41, e Vlademir Farias Cabreira, 43, companheiros de equipe de Hoffmeister. Segundo a Justiça Militar, faltaram provas do envolvimento deles nos crimes.
Os três foram presos em Dourados no dia 23 de agosto deste ano pela Corregedoria da Polícia Militar e levados para o Presídio Militar em Campo Grande, onde permanecem até agora. A acusação foi de desvio de 25 dos 30 quilos de cocaína que a equipe tinha apreendido em abril deste ano, na Vila Santo André.
Onze quilos da droga foram encontrados por policiais da Defron (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Fronteira) cinco dias depois em uma “boca” na Vila Cachoeirinha.
No celular de Jonatan Nascimento Ferreira, o traficante preso na “boca”, os investigadores encontraram as provas incriminando Hoffmeister na venda de armas e da cocaína.
Os policiais foram defendidos pelo advogado Maurício Nogueira Rasslan. O juiz Alexandre Antunes da Silva decidiu que o policial terá de começar a cumprir a pena em regime fechado e não poderá apelar em liberdade. Ele mandou expedir imediatamente o alvará de soltura dos outros dois PMs.