Durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (17/11), sobre o brutal assassinato do padre Alexsandro da Silva Lima, de 44 anos, ocorrido entre a noite de sexta (14/11), e a madrguada de sábado (15/11), a PC (Polícia Civil) descartou indícios de ligação sexual entre o religioso e Leanderson de Oliveira Júnior, de 18.
Em depoimento, o rapaz alegou que tinha um caso com a vítima e que foi forçado a fazer sexo oral - releia aqui.
Para a polícia, Leanderson e o adolescente de 17 anos apreendido, premeditaram o crime, já que pretendiam roubar o carro de Alexsandro e revendê-lo no Paraguai, por R$ 40 mil.
Segundo o delegado Lucas Albé Veppo, chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais), até o momento, não existe qualquer indício de que o padre mantinha envolvimento sexual com Leanderson.
No interrogatório, Leanderson disse que matou o sacerdote com golpes de marreta na cabeça e facadas após ser forçado a praticar sexo oral na vítima. Ele disse ainda que conheceu o padre através do seu ex-cunhado e afirmou ainda que o religioso abordava estudantes na porta da escola e oferecia pequenas quantias em dinheiro para encontros.
“Ele tem o direito de dizer o que bem entender como meio de defesa. Ele informou essa situação, que até o momento não tem nenhum indício de que tenha acontecido ou de que o padre tenha tentado atacá-lo com intuito sexual. O padre era uma pessoa de porte físico avantajado, e o autor, uma pessoa franzina. Acreditamos que o autor tenha atacado o padre numa emboscada para conseguir golpeá-lo”, afirmou o delegado.
Lucas Veppo ressaltou que tanto Leanderson, quanto o menor, planejaram o crime. “Eles não sabiam que Alexandro era padre; sabiam apenas que ele possuía aquele veículo. Um deles já havia feito contato com uma pessoa no Paraguai que compraria o carro por R$ 40 mil. Esse era o intuito deles: roubar o carro para vender no Paraguai e levar também o celular. Como não conseguiram desbloquear o telefone, abandonaram-no em um matagal. Também pretendiam usar a residência enquanto pudessem para promover festas com amigos”, afirmou.
O delegado informou que os celulares do padre e dos envolvidos serão periciados. “Acredito que essa premeditação em relação ao carro, ao celular e aos demais objetos roubados da casa vai afastar essa outra hipótese de que tenha ocorrido ataque do Alexsandro que motivou o crime. A motivação foi a subtração dos objetos dele e do veículo”.
Leanderson de Oliveira Junior vai ser levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Durante audiência de custódia, neste domingo (16/11), a Justiça decretou sua prisão preventiva.
O adolescente de 17 anos será levado para a Unei (Unidade Educacional de Internação). Os outros três envolvidos – João Victor Martins Vieira, de 18, e duas adolescentes 17 anos – ganharam liberdade provisória, embora, vão responder como cúmplices dos crimes.