Quase 250 toneladas de maconha em fase de cultivo foram destruídas em ação conjunta da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e da Polícia Nacional do Paraguai na fronteira com Mato Grosso do Sul.
Para se ter ideia da quantidade de droga destruída apenas nessa ação, nos 12 meses de 2022, o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) apreendeu 137 toneladas de maconha – 107 a menos do total que seria produzido nessas lavouras.
As incursões terrestres e aéreas duraram vários dias e foram encerradas hoje (16) em áreas de cultivo da erva em Canindeyú, departamento que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, na faixa entre Paranhos e Mundo Novo.
Em áreas de mata na localidade conhecida como Guyra Keha, as equipes da Senad e da polícia localizaram 12 acampamentos narcos usados para processar a droga. Nos arredores desses acampamentos, 81 hectares de roças de maconha foram cortados e queimados.
Cada hectare produz em média três toneladas de maconha. Em torno de mil quilos da droga já pronta foram encontrados nos acampamentos, assim como 280 quilos de sementes. Nessa faixa de fronteira, a erva é cultivada durante todo o ano.
Segundo a Senad, grande parte da produção seria destinada ao mercado brasileiro. Uma pequena parte da maconha cultivada no Paraguai vai para a Argentina. A agência paraguaia estimou em 7,3 milhões de dólares o prejuízo aos traficantes.
Na linha internacional, a maioria das roças de maconha é controlada por facções criminosas brasileiras, principalmente PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho. Trabalhadores rurais são recrutados para atuar nos cultivos. Sem alternativa de sobrevivência, aceitam plantar, cuidar e colher a erva em troca de salários irrisórios.
Crédito: Campo Grande News