Preso por suspeita de 16 abusos contra alunos, meninos com faixa etária de 4 a 11 anos, professor de Língua Inglesa de 36 anos nega as denúncias e não demonstrou arrependimento no interrogatório, que durou 3h30. Ele lecionava em escola municipal na Vila Carvalho, em Campo Grande.
“Para nós, não temos dúvidas de que ele praticava os abusos. Não demonstrou nenhum arrependimento e acreditava que não seria descoberto”, diz a titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Anne Karine Trevisan.
Ainda de acordo com a delegada, os alunos tinham muito carinho pelo professor, a quem chamavam de “teacher”, e não entendiam a gravidade da conduta do docente. Em algumas situações, ele deixava a correção das tarefas das crianças menores por último, para ficarem sozinhos na sala de aula.
Apesar de o professor negar os crimes de estupro de vulnerável, a titular da Depca é enfática: “ele tem consciência total do que praticou”. A polícia apreendeu o aparelho celular, que foi trocado em dezembro, já após as denúncias, e o notebook do professor. O preso vai passar por audiência de custódia amanhã.
As primeiras denúncias de pais foram registradas em 16 de novembro do ano passado, quando ele foi afastado de suas atividades na rede municipal.
Ele confirmou que tinha hábito de beijar e abraçar seus alunos, mas justificou como gestos de carinho. Contudo, as crianças foram ouvidas em depoimento especial e confirmaram os abusos sexuais.
Por detrás da mesa, ele passava a mão nos órgãos genitais, bumbum e coxas das crianças. Ele prometia balas e entregava seu celular para que as crianças pudessem usar a internet como forma de distraí-las.
A pena por cada caso de estupro de vulnerável varia de 8 a 15 anos. Neste caso, pode ser ampliada porque o professor exercia autoridade sobre os alunos.
CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS