Enganados, motoristas de caminhões eram atraídos por anúncios em aplicativos de agenciamentos de cargas pela internet para o tráfico de drogas, conforme as investigações a Polícia Federal deflagrou a Operação Chupim com o intuito de desarticular organização criminosa responsável pela logística de escoamento de grandes quantidades de drogas embarcadas na região de Pedro Juan Caballero tendo como destino final os grandes centros urbanos do Brasil.
A organização desenvolveu anúncio em aplicativo de fretes pela internet, empresas de fachada para embarcar as cargas lícitas com drogas ocultas e outras artimanhas para enganar o motorista.
Segundo informações policiais, a operação teve início em setembro de 2021, a partir da apreensão de um caminhão em Ponta Porã, carregado com mais de uma tonelada de maconha. A organização criminosa estruturou sofisticada logística que enganava o motorista do caminhão, o qual não sabia da existência da droga, que estava oculta em compartimento adrede preparado em meio a carga lícita de outros produtos.
A Justiça Federal de Ponta Porã expediu mandados de busca e apreensão e de prisão temporária em desfavor dos responsáveis por operacionalizar o esquema criminoso. As ordens judiciais estão sendo cumpridas em Ponta Porã, Londrina (PR) e Cambé (PR).
O nome da operação
O nome de batismo da operação é uma alusão ao esquema empregado pela organização criminosa, que cooptou o motorista através de anúncio em aplicativo de agenciamentos de cargas pela internet.
Assim como o pássaro “Chupim”, conhecido por colocar seus ovos para que outros pássaros criem seus filhotes, a ORCRIM introduziu a droga em meio a cargas lícitas, sem o conhecimento do motorista.