Roubos a joalherias na região de Dourados acenderam alerta, diz delegado

Roubos recentes a joalherias localizadas em municípios no entorno de Dourados acenderam o alerta nas autoridades policiais de que crime semelhante poderia acontecer na maior e mais populosa cidade do interior de Mato Grosso do Sul.

A informação é do delegado Erasmo Cubas, titular do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil, que na tarde de segunda-feira (13) conseguiu esclarecer o assalto à Joias Nápoli, na Rua Doutor Nelson de Araújo, ocorrido horas antes.

“Logo após o crime uma equipe nossa chegou ao local rapidamente, passou a analisar as imagens, notou dois indivíduos, aparentemente também poderia ter uma mulher envolvida, e esses indivíduos entraram sem proteção no rosto, o que nos indicou desde o início que poderiam ser pessoas de fora do Estado, tendo em vista que ocorreram roubos em joalherias no entorno de Dourados nos últimos meses”, disse ao Dourados Informa.

Depois de apurar que um dos assaltantes fugiu sem capacete, o SIG deu início às diligências e recebeu informação de que um suspeito embarcou em um veículo Gol. A partir da placa foram identificadas duas residências, que foram alvo da ação com apoio de equipe do Canil da Polícia Militar.

“Fizemos incursão nos dois imóveis, conseguimos capturar quatro pessoas inicialmente e recuperar os objetos roubados. Uma pessoa conseguiu fugir e foi rapidamente capturada pela equipe do Canil. O dono do veículo fugiu, mas o SIG fez acompanhamento até um ponto onde a abordagem pudesse ser feita com mais segurança. O suspeito foi pego na região do Campo Dourado com a arma do crime, roupas usadas e balança de precisão que acreditamos ter sido usada para pesagem das joias roubadas”, detalhou o titular do SIG.

Foram apreendidos uma adolescente de 17 anos e dois de 15 anos. Além disso, foram presos Maycon Jordan de Almeida Machado, de 25 anos residente em Dourados, Luiz Eduardo Soares Faoro, de 20 anos, Valdersons de Almeida dos Santos, de 27 anos, e Ygor Ferreira, de 40 anos, esses três últimos moradores em Presidente Prudente, interior de São Paulo.

“Se trata de uma facção que atua em presídio e acreditamos que utilizaram pessoas daqui para suporte logístico e trouxeram pessoas de fora para executarem a ação.  Cinco crimes de roubos a joalherias no entorno de Dourados aconteceram recentemente e isso indicava que crimes foram determinados de dentro de presídio”, informou.

O delegado indicou ainda que os empresários vítimas do assalto acreditam que tudo foi recuperado. São peças avaliadas em R$ 450 mil, com 700 gramas de ouro.