Assassinato de Flávio Maury de Souza ocorreu no campo de futebol do Jardim Santa Maria
Natan Gustavo da Silva Ferreira, Paulo Henrique Vasconcelos Soares e Valdeir Cavalcante Ramos foram condenados a penas somadas de 42 anos de reclusão pelo assassinato de Flávio Maury de Souza, de 44 anos, ocorrido em maio do ano passado no campo de futebol do Jardim Santa Maria, em Dourados.
O julgamento ocorreu nesta semana no Tribunal do Júri de Dourados. Flávio foi espancado com chutes e socos e morto a golpes de madeira, pedaços de concreto e com tijoladas. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital da Vida, mas não resistiu aos ferimentos.
Natan foi sentenciado a 14 anos de prisão, Paulo Henrique a 16 anos e 4 meses e Valdeir condenado a 12 anos, todos em regime fechado.
Na fase de inquérito, os três confessaram o crime e afirmaram que tinham rixa com Flávio de Souza. Presos em flagrante, eles permaneceram sob custódia e após o julgamento saíram do Fórum de volta para o presídio, onde começam a cumprir a pena em regime fechado.
O crime ocorreu em 11 de maio de 2024. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o homicídio foi cometido por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A motivação teria sido vingança por supostas ameaças e furtos praticados pela vítima na região onde residia um dos acusados.
Durante o julgamento, um dos réus alegou legítima defesa, enquanto os demais optaram por permanecer em silêncio. No plenário, o promotor de Justiça Luiz Eduardo de Souza Sant'Anna Pinheiro sustentou a tese de homicídio qualificado e requereu o agravamento das penas, destacando a intensidade do dolo e a brutalidade do crime. A defesa buscou afastar as qualificadoras e alegou que os acusados não tinham intenção homicida.
Após mais de sete horas de sessão, o Conselho de Sentença, por maioria de votos, acolheu integralmente a tese apresentada pelo MPMS e condenou os três envolvidos.