O ex-governador André Puccinelli (MDB) negou, em nota oficial, participar do acordão para alavancar a candidatura a governador do secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB). O tucano estaria patinando nas pesquisas, apesar do esforço dos meios de comunicação e de Reinaldo Azambuja (PSDB). O emedebista reafirmou que vai ser candidato a governador nas eleições deste ano.
“Esta especulação não procede. André Puccinelli é pré-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pelo MDB e sua candidatura será confirmada em convenção partidária no mês de agosto”, reafirmou, por meio da assessoria de imprensa.
André passou a enfatizar, de forma enfática, que não será candidato a primeiro suplente de senador na chapa da ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina. Ela deverá disputar o Senado pelo Progressistas e contará com o apoio de Jair Bolsonaro (PL). Como o presidente prometeu reconduzi-la no cargo em caso de reeleição, a suplência da ministra passou a ser um “presente”.
Apesar de ser réu e investigado por supostos desvios no Governo entre 2007 e 2014 na Operação Lama Asfáltica, Puccinelli lidera as pesquisas de opinião sobre a sucessão estadual. Na última, ele empata com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), que deve renunciar ao cargo nesta quinta-feira (31) para disputar o Governo.
Sem o prefeito da Capital na disputa, André tem 30%, quase dez pontos percentuais acima do segundo colocado e vaga assegurada no segundo turno. Neste contexto, o emedebista teria vaga assegurada no segundo turno e esperaria a disputa pela segunda vaga de camarote.
Conforme o DataMax, divulgada pelo Midiamax, a segunda vaga seria disputada pela deputada federal Rose Modesto (União Brasil) e pelo ex-governador Zeca do PT. Riedel, que seria beneficiado pelo suposto acordão, não supera 5% no levantamento, apesar de estar presença ostensiva desde o ano passado como propagador das boas notícias do Governo.
O ex-governador aproveitou o convite de Reinaldo para ganhar alguns pontos com a conclusão da obra do Aquário do Pantanal. Em três anos, o emedebista concluiu 84% da obra, segundo o Tribunal de Contas do Estado. Já Reinaldo levou sete anos para concluir 16%.
Após anos de bombardeio, inclusive por causa de crimes na obra do Bioparque do Pantanal, Puccinelli ficou emocionado ao ver o empreendimento concluído. Ele classificou o momento como “histórico” e pediu para a população virar a página para ser feliz.
O presidente regional do MDB, Junior Mochi (MDB), já tinha antecipado que o partido ainda tem esperanças de contar com a presença de Tereza Cristina no palanque de André. Como ela já foi secretária estadual de Produção no seu Governo, Puccinelli é amigo e tem boa interlocução com a ministra. Ele deverá usar a pesquisa, no qual ele tem 21% e Riedel 3,7% para convencê-la a mudar de lado.
A outra noiva cobiçada pelo ex-governador na disputa é a deputada federal Rose Modesto, que descarta a proposta e reafirma a disposição de disputar o Governo pela União Brasil, partido com tempo de televisão e dinheiro de sobra.
André
Tá certo o pensamento do André Puccinelli, a lógica quando se fala de política, é quem está fraco ajudar o mais forte, isso se chama progresso.