A arquiteta Jucélia Barros Rodrigues, 52 anos, e o pecuarista Julio Arantes Varoni, 62, voltaram à prisão pelo suposto desvio milionário na Prefeitura de Amambai. Eles são acusados de integrar a organização criminosa comandada pelo ex-vereador Valter Brito da Silva (PSDB), que voltou a cumprir prisão domiciliar pelo escândalo revelado na Operação Laços Ocultos.
A empresária Joice Mara Estigarribia da Silva, que firmou acordo de delação premiada, teve a prisão preventiva revogada pela Justiça. Ela aceitou colaborar com a Justiça e apresentar provas dos supostos desvios, fraudes em licitações e pagamentos de propina para o tucano.
Inicialmente, os réus foram presos por determinação do juiz Daniel Raymundo da Matta, da Vara Criminal de Amambai, em 16 de novembro do ano passado, quando houve a deflagração da Operação Laços Ocultos. Jucélia e Júlio ficaram foragidos por vários meses.
No entanto, o processo teve reviravolta quando a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça considerou que o juízo do interior não era competente para analisar o caso porque envolvia o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, relator no TJMS, revogou a prisão dos réus até a análise do caso por uma das varas criminais de Campo Grande.
A juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, convalidou as decisões do magistrado de Amambai e decretou a prisão dos réus, inclusive as domiciliares. A Polícia Civil de Amambai cumpriu os mandados de prisão contra Jucélia e Arantes. A audiência de custódia ocorreu na última quarta-feira (7).
Os réus deverão apelar novamente ao Tribunal de Justiça, que foi responsável pela revogação das prisões de outros envolvidos no escândalo.