O recorde de mortes, alcançado na última terça (6), é de 4.211
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pelo segundo dia na mesma semana e na pandemia, o Brasil registrou mais de 4.000 mortes em 24 horas. Foram 4.190 óbitos nesta quinta-feira (8).
O recorde de mortes, alcançado na última terça (6), é de 4.211.
Além dos EUA, que tem uma população consideravelmente maior, é o único país no mundo com registros mais regulares a atingir essa marca.
O Brasil vive uma situação crítica na pandemia em 2021, com recordes trágicos se acumulando. O ano atual concentra os 32 dias com mais vidas perdidas em 24 horas. Desses, 30 dias ocorreram em março ou abril.
Outro elemento que demonstra a gravidade da situação é a média móvel de mortes, que chegou a 2.818 e completou 23 dias acima de 2.000 óbitos por dia e 78 dias acima de 1.000. A média é um instrumento estatístico que busca suavizar variações de dados. Ela é calculada pela soma de mortes dos últimos sete dias, em seguida dividida por sete.
Os dados do país, coletados até as 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diariamente com as secretarias de Saúde estaduais.
O Brasil também registrou 89.293 casos da doença. Com isso, o país chega a 345.287 óbitos e a 13.286.324 pessoas infectadas pela Covid desde o início da pandemia.
Pelo terceiro dia, o país teve mais 1 milhão de vacinados em 24 h. Foram 1.016.35 doses aplicadas, nesta quinta. Nas últimas 24 horas, 724.425 pessoas tomaram a primeira dose da vacina e 291.925, a segunda.
O consórcio de imprensa também atualizou as informações repassadas sobre a vacinação contra a Covid-19 por 24 estados e o Distrito Federal.
Já foram aplicadas no total 28.527.887 doses de vacina (22.170.108 da primeira dose e 6.357.779 da segunda dose), de acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde.
Isso significa que somente 13,78% dos brasileiros maiores de 18 anos tomaram a primeira dose e só 3,95%, a segunda.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.