A deputada federal Camila Jara (PT) errou e votou contra a MP 1.185, chamada de MP das Subvenções, considerada estratégica pelo Governo Lula por garantir arrecadação de R$ 35 bilhões em 2025. A Medida Provisória foi aprovada pela Câmara dos Deputados na quinta-feira (14) por 335 votos a favor e apenas 56 contrários.
De Mato Grosso do Sul, a proposta só teve o voto favorável dos deputados Dagoberto Nogueira, Geraldo Resende, do PSDB, e Vander Loubet (PT). Beto Pereira (PSDB) não votou e o Rodolfo Nogueira (PL), o Gordinho do Bolsonaro, participou da obstrução liderada pelo seu partido.
Por outro lado, a proposta teve o voto contra de Camila Jara, do Dr. Luiz Ovando (PP) e de Marcos Pollon (PL).
A medida é importante para o governo Lula porque pode aumentar em R$ 35 bilhões a arrecadação de 2024, segundo a equipe econômica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou o texto como uma das prioridades para aumentar a arrecadação e perseguir a meta de déficit zero.
Petista fervorosa e uma das maiores defensoras do presidente Lula, Camila surpreendeu por votar contra o projeto considerado estratégico pelo Governo. A deputada federal foi procurada pelo O Jacaré, mas não retornou.
A assessoria da parlamentar, inicialmente, rebateu a informação e garantiu que ela tinha votado a favor da PEC 1.185. “Acaba de me confirmar que foi favorável, perae que vou pedir o voto”, informou, prometendo repassar o documento com o voto da deputada a favor da proposta de Lula.
Em seguida, confirmou que houve erro na hora do voto e Camila Jara acabou votando contra a PEC.
Apesar da falha da parlamentar sul-mato-grossense, a MP foi aprovada e segue para o Senado. Na Casa Alta, a votação deve ser realizada na terça-feira (19), como já sinalizou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).