O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) exonerou o assessor parlamentar Thiago Haruo Mishima, preso na Operação Turn Off e acusado de integrar uma organização criminosa especializada em desviar recursos da educação e da saúde. Ele tinha o maior salário entre os assessores do tucano, com R$ 14,6 mil por mês, segundo o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados.
Mishima é investigado pelo GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção) por integrar o grupo junto com os empresários Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior, o ex-secretário estadual-adjunto da Educação, Édio Antônio Resende de Castro, e do ex-secretário estadual de Saúde, Flávio Britto.
A Operação Turn Off foi deflagrada na quarta-feira (29) e o oito pessoas foram presas. Mishima teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, e foi liberado na última sexta-feira por habeas corpus concedido pelo desembargador Emerson Cafure, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
A organização criminosa teria recebido mais de R$ 68 milhões em contratos. O desvio girava em torno de 35%, como no caso da compra de ar condicionado pela Secretaria Estadual de Educação. Dos R$ 13 milhões pagos, o MPE constatou superfaturamento de R$ 4,6 milhões.
Os servidores envolvidos foram exonerados pelo governador Eduardo Riedel (PSDB ).
Conforme certidão encaminhada por Resende, Thiago Mishima foi exonerado no mesmo dia da operação, no dia 29 de novembro deste ano.