Justiça suspendeu as medidas cautelares que afastaram oito vereadores de Maracaju. Os vereadores do município tiveram afastamento de mandatos suspensos pela Justiça. A decisão foi protocolada pelo juiz de direto do município, Raul Ignatius Nogueira, durante o fim da tarde desta quinta-feira (20). Com a decisão, todos os envolvidos devem reassumir aos cargos na sessão de segunda-feira (24).
O caso ocorrido no ano passado quando os parlamentares foram alvos em dezembro, da Operação Dark Money, que investiga suspeita de corrupção através do recebimento de propina para aprovação de propostas do Executivo local, quando administrado por Maurílio Azambuja.
Foram denunciados o presidente da Câmara Robert Ziemann (PSDB); Laudo Sorrilha Brunett (PSDB); Ludimar Portela, o “Nego do Povo” (MDB); Hélio Albarello (MDB); Antonio João Marçal de Souza, o “Nenê da Vista Alegre” (MDB); Ilson Portela, o “Catito” (União Brasil; Jefferson Lopes (União Brasil); e João Gomes da Rocha (MDB), o “Joãozinho”. O processo de cassação por quebra de decoro é processo político e continua tramitando na Câmara Municipal.
Sete foram afastados em novembro do ano passado. A exceção é Joãozinho, reconduzido ao cargo no mês passado pelo ministro Rogerio Schietti Cruz, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Apesar da suspensão dos mandatos, os parlamentares envolvidos continuarão precisando cumprir medidas cautelares impostas pela Justiça. As investigações tiveram início em 2021 e apuram desvios de mais de R$ 23 milhões dos cofres públicos municipais. O esquema tinha como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos, leis que eram de interesse da prefeitura.