Ex-senador e ex-ministro disse que dívida já foi paga e que leilão ainda não foi cancelado pela burocracia
A mansão do ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) vai a leilão na próxima sexta-feira (19) para quitar dívida milionária com o Sicoob União MT (Cooperativa de Crédito Livre Admissão do Centro Norte). O imóvel, que já pertenceu ao ex-senador Rachid Saldanha Derzi, tem 863 metros de área construída e terreno de 4.010 m². O petebista disse que já quitou o débito.
No entanto, a casa Mega Leilões mantém o edital do leilão, que já conta com dois compradores interessados. A instituição de crédito alegou “assunto confidencial” entre a cooperativa e o cooperado para não confirmar o pagamento da dívida.
Conforme o edital, o ex-senador deveria quitar a dívida de R$ 1,6 milhão em parcela única no dia 16 de novembro do ano passado. A casa foi dada como garantia do pagamento. Como não houve a quitação, o Sicoob União MT determinou o leilão com base na Lei 9.514/1997, que dispõe sobre o sistema de financiamento imobiliário, a alienação fiduciária de imóvel.
A venda da casa em nome de Delcídio e de Maika Amaral vai a primeira praça no próximo dia 19 pelo valor da avaliação, de R$ 3,6 milhões. Caso não seja vendida, novo leilão ocorrerá no dia 25 deste mês, com desconto de 37%, a R$ 2,254 milhões.
O presidente regional do PTB contestou o leilão. “Você vai publicar notícia requentada!!! Devidamente quitado!!!”, afirmou Delcídio. “Mais uma vez a montanha pariu um rato!!! Já foi retirado!!!”, garantiu.
“Os adversários ficaram decepcionados!!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk”, debochou dos concorrentes na política. Sobre a manutenção do edital, ele disse que é questão de tempo. “Porque foi essa semana Meu querido!!! É o delay burocrático brasileiro!!!”, afirmou.
Conforme o edital, o comprador poderá pedir liminar na Justiça para retirar os atuais moradores em 60 dias, conforme o artigo 30 da Lei 9.514/97. Além disso, o imóvel tem outras averbações, como dívida de R$ 1,5 milhão com o Credijud (Cooperativa de Economia de Crédito Mútuo dos Servidores do Poder Judiciário do Mato Grosso) e duas, de R$ 886 mil e R$ 759 mil, com a Beiramar Empresas de Shopping de Florianópolis.
O ex-senador já teve a fazenda em Corumbá penhorada para garantir o pagamento de dívida decorrente do arrendamento de gado de um casal de pecuaristas de São Paulo. A situação não tem sido fácil para Delcídio, que chegou a ser líder do Governo Dilma Rousseff (PT) no Congresso e era nome certo para integrar qualquer ministério em Brasília.
Além de ter sido preso na Operação Lava Jato, ele teve o mandato de senador cassado pelo Senado e teve uma votação pífia nas eleições de 2018. Ele planeja ser candidato a deputado federal nas eleições de 2022.
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