Fundação administra Hospital da Vida e UPA, duas unidades da linha de frente na luta contra a covid-19
O plenário da Câmara de Dourados foi palco na manhã desta quarta-feira (07) de reunião pública para discutir reivindicações dos funcionários da Funsaud. Foi a terceira reunião na busca de soluções para a situação de dificuldades pelas quais passa a Fundação de Saúde de Dourados, que administra o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e cuja crise tem impactos com carga maior sobre os trabalhadores.
A reunião foi coordenada pela vereadora Daniela Hall (PSD), que reafirmou a necessidade de o legislativo municipal intermediar solução para a grave crise da Funsaud, que tem dívidas que beiram os R$ 80 milhões. Participaram vereadores, dirigentes e funcionários da Fundação.
Daniela apresentou a pauta de reivindicações dos funcionários da Funsaud e lembrou que parte delas já foi atendida pela administração municipal, enquanto que para algumas correm prazos solicitados pela gestão. O ponto específico da reunião, no entanto, foi o reajuste salarial, que, diante das dificuldades enfrentadas pelo município em função da situação de pandemia, deve ser concedido apenas em 2022.
Representantes dos trabalhadores expuseram aos vereadores insatisfação com as condições de trabalho e lamentaram a impossibilidade de atendimento à maioria de suas reivindicações neste momento. Além de reajuste salarial eles pedem mudanças no regime jurídico de contratação, passando de celetistas para estatutários.
Também reivindicam escala de férias, priorizando os que têm mais tempo do direito vencido, pela data de admissão, idade e lotação. Parcelamento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), folga mensal abonada, liberação de horas extras, plano de saúde entre outras constam da pauta de reivindicações dos servidores.
As condições de trabalho, principalmente em relação à estrutura das unidades (UPA e HV) foram citadas pelos representantes, que falaram sobre refeição, nutrição, local de repouso, higienização, falta de materiais, segurança, locomoção, expurgo, entre outros.
A maioria dos vereadores participou da reunião. Todos manifestaram solidariedade aos funcionários da Funsaud e se colocaram como parceiros na luta pela busca de soluções e melhores condições de trabalho.
Daniela Hall afirmou que todas as reinvindicações serão levadas à gestão municipal, para discussão em conjunto com o legislativo e a representação dos trabalhadores. “Estamos há quatro anos brigando por melhorias na saúde. Foram várias audiências e reuniões públicas para discutimos a Fundação”, recordou.
Daniela defendeu o diálogo e pregou que “bater de frente” não adianta. “Só com o diálogo e união de esforços é que nós vamos chegar lá. Temos aqui 20 demandas, vamos solucionando, queimando etapas; temos um planejamento e vamos ficar atentos a esses prazos. É pensando nos servidores que estamos aqui”, resumiu no encerramento da reunião.
Participaram presencialmente da reunião, transmitida pelo canal da Câmara Municipal, além de Daniela, os vereadores Laudir Munaretto, Cemar Arnal, Juscelino Cabral, Lia Nogueira, Liandra Brambilla, Fábio Luis, Rogério Yuri, Sergio Nogueira, Olavo Sul, Marcão Sepriva, Daniel Junior, Jânio Miguel e Creusimar Barbosa. Elias Ishy acompanhou a reunião de forma remota.