O senador Nelsinho Trad (PSD) segue o campeão de gastos entre os três parlamentares de Mato Grosso do Sul na Casa Alta. Assim como em 2022, no primeiro semestre deste ano, o ex-prefeito de Campo Grande utilizou mais a cota parlamentar do que as colegas Soraya Thronicke (Podemos) e Tereza Cristina (PP).
Somados os gastos de Soraya, de R$ 82 mil, mais os de Tereza, R$ 77,1 mil, tem-se o montante de R$ 159,1 mil. Esse valor fica longe do torrado por Nelsinho, que conseguiu a impressionante marca de R$ 219,6 mil, sendo que só com a divulgação da atividade parlamentar foram R$ 146,4 mil, conforme o Portal da Transparência do Senado.
A L&L Consultoria Ltda, como ocorreu no ano passado, é a maior beneficiada pelas despesas do senador. A empresa recebeu R$ 135 mil entre fevereiro e junho deste ano. Em 2022, foram R$ 202,5 mil.
“Vista Você” é o nome fantasia da L&L Consultoria Ltda, que tem como sócios Larissa Almeida Cremer Teixeira e Ivo Leonardo Cremer Teixeira. A primeira trabalhou no gabinete de Nelsinho em 2019, com o cargo comissionado de assistente parlamentar pleno. Há registros de pagamentos à ela no sistema da Casa até junho de 2021.
Os empresários e Nelsinho Trad afirmam que o contrato está dentro da legislação do Senado Federal, sem qualquer irregularidade.
O segundo maior gasto do senador é com aluguel de escritório político, seguido de perto pelas passagens aéreas, R$ 31,6 mil e R$ 30,4 mil, respectivamente.
Dos R$ 82 mil de Soraya Thronicke, a maior parte foi utilizada com passagens (R$ 26 mil), divulgação de atividade parlamentar (R$ 20 mil), e locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis (R$ 20,7 mil).
Em seus primeiros meses como senadora, Tereza Cristina, que tomou posse em 1º de fevereiro, gastou R$ 77,1 mil até agora. Foram R$ 50 mil com apoio parlamentar, quase R$ 14 mil com locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis.
Nesta legislatura, cada um dos senadores de MS terá à disposição R$ 34.879,51 por mês para cobrir despesas no exercício do mandato, o que é conhecido como verba indenizatória ou cota parlamentar. Como o valor não gasto em um mês pode ser acumulado para os meses seguintes, o parlamentar tem como limite anual de R$ 418.554,12, até janeiro de 2024.
O valor da cota varia conforme a unidade da federação representada pelo senador. Os mais baixos são os de Goiás e Distrito Federal (R$ 22.307,91). O mais alto, do Amazonas (R$ 46.933,20).
Atualmente o salário bruto de um senador é de R$ 41.650,92.