Maurílio Azambuja, ex-prefeito de Maracaju, deixou a cadeia ontem e cumpre prisão domiciliar
Médico de 73 anos de idade e prefeito por três mandatos do maior produtor de soja de Mato Grosso do Sul, Maurílio Azambuja (MDB) está em prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica.
O ex-prefeito de Maracaju saiu ontem (28) da cela de uma delegacia de Campo Grande depois de passar quatro dias preso. Ele e outras oito pessoas, algumas que trabalharam na prefeitura de 2017 a 2020, foram presos na Operação Dark Money, que investiga desvio de R$ 23 milhões do cofre público de Maracaju.
Nesta terça-feira, Maurílio Azambuja teve a prisão temporária convertida em preventiva com cumprimento domiciliar pelo juiz Marco Antonio Montagnana Morais. Após a tornozeleira eletrônica ser instalada pelo sistema penitenciário, ele deixou a cadeia e vai ficar recolhido em casa.
O advogado dele, Rodrigo Dalpiaz, informou que a decisão de cumprir a prisão em casa ocorreu pelo cliente ser idoso e acometido de comorbidades. "Podendo ter contato apenas com familiares e comigo".
O esquema de desvio através de conta “fantasma” é investigado pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). A operação foi deflagrada no dia 22 deste mês.
Maurílio Azambuja foi preso na noite de sexta-feira (24), após passar dois dias foragido da polícia. No depoimento à polícia, na segunda-feira, Maurílio disse que deu autonomia aos assessores e pensava que os cheques assinados por ele eram enviados para conta reserva, destinada a pagamento dos servidores.
Dos oito alvos dos mandados de prisão, continuam recolhidos os ex-servidores Lenilso Carvalho Antunes, Daiana Cristina Kuhn e Edmilson Alves Fernandes, preso domingo (26). Também teve a prisão preventiva decretada o empresário Pedro Everson Amaral Pinto.
Outros três investigados foram colocados em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica: Fernando Martinelli Sartori, Moisés Freitas Victor e Iasmin Cristaldo Cardoso.