O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou um diagnóstico completo sobre os territórios Guardani Kaiowá em Mato Grosso do Sul. Nesta semana, o chefe do Executivo deve se reunir com o MPI (Ministério dos Povos Indígenas), quando o relatório deverá ser apresentado. A data do encontro não está confirmada.
Por meio deste ‘mapeamento’, o Governo Federal quer identificar as fases de demarcação das áreas de conflito para definir as ações que serão tomadas. No sábado (10/8), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, reiterou que disputa é um problema estrutural e só será solucionada com a demarcação.
O secretário-executivo do MPI, Luiz Eloy, detalha que a pasta seguirá dialogando com as comunidades indígenas e fazendeiros para mediar o conflito, segundo publicou nesta segunda-feira (12/8), o Campo Grande News.
A primeira vez que Lula tratou sobre o assunto em reunião com as lideranças indígenas do Estado foi no dia 31 de julho, quando cumpriu agenda em Corumbá.
Entre os dias 13 e 14 de julho, alegando estarem cansados de esperar pela demarcação da área de 12,1 mil hectares identificada em 2011, os guaranis e kaiowás ocuparam sete propriedades rurais localizadas dentro do território.
Conforme a Aty Guasu, principal organização política do povo guarani e kaiowá, desde 14 de julho, quando os indígenas estenderam a “retomada de Guaaroka” para área de 150 hectares, os guaranis e kaiowás estão cercados por pessoas armadas, supostamente fazendeiros.