Ex-governador foi condenado a perda dos direitos políticos por cinco anos por impor voto de cabresto nos eleitores em 2012. Imagem: (Arquivo)
O ex-governador André Puccinelli (MDB) foi condenado pelo juiz Lucas Medeiros Gomes, da 1ª Vara Federal de Campo Grande a pagar multa de R$ 254,4 por coagir funcionários comissionados nas eleições de 2012. Puccinelli também teve os direitos políticos suspensos por cinco anos e não poderá celebrar contrato nem receber incentivos do poder público por três anos. A princípio, o emedebista poderá ser candidato nas eleições de 2022, já que a sentença só vai ser executada quando transitar em julgado. Ele foi condenado nove anos após coagir os eleitores.
Segundo informações do site o Jacaré, o ex-governador saiu no lucro com a condenação, já que ele estava com R$ 2,544 milhões bloqueados a pedido do Ministério Público Federal, que tinha pedido o pagamento de multa equivalente a 100 vezes a remuneração como governador (R$ 25,4 mil).
Puccinelli foi condenado em decorrência de vídeos que foram divulgados pelo jornal Midiamax em agosto de 2012, mas o ex-governador alegou que os vídeos publicados no site eram fruto de montagem. Segundo ele não houve coação, como defendido pelo advogado da causa. “No mérito, defendeu, em síntese, que a reunião noticiada na inicial foi uma simples reunião política com a presença de militantes partidários, fora do horário de expediente e na sede de um partido político, sem qualquer coação a quem quer que seja”, ponderou a defesa.
Denunciado por dois vídeos gravados, na sede do MDB com funcionários da Setas (Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social) e Seprotur (Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Produção), que durante reunião com 54 funcionários, sendo 52 comissionados da assistência social, André fez a chamada de um por um para confirmar os votos em Giroto e no candidato a vereador aliado.
Conforme a perícia feita pela Polícia Federal, ele pediu votos para Carla Stephanini, atualmente no PSD e subsecretária municipal da Mulher, Flávio César de Oliveira, atual secretário-adjunto do Estado de Governo e Gestão Estratégica, do vereador Otávio Trad (PSD), o ex-vereador Edil Albuquerque, o ex-superintendente do Procon, Lamartine Ribeiro, e o ex-presidente da Fundação do Trabalho, Cícero Ávila.