A CPI da Pandemia retoma as atividades na próxima terça-feira (8), com o segundo depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Os senadores devem votar no mesmo dia um requerimento para convocar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Rogério Caboclo, para explicar o acerto feito com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a realização da Copa América no Brasil.
O pedido foi feito por Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI. O presidente da CBF está bastante pressionado pela CPI e pelos jogadores da Seleção Brasileira, que devem se pronunciar contra a realização da Copa América após a partida contra o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
A votação será antes do segundo depoimento de Queiroga. O jogo de abertura da Copa América está marcado para o próximo dia 13, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Há o entendimento entre os senadores do G-7 de que Caboclo seja ouvido enquanto a competição estiver em andamento, para não perder o 'timing' da discussão.
Será a sexta semana de depoimentos da CPI e a primeira com trabalhos de terça a sexta-feira. O depoimento de Queiroga deve ser pautado pelo suposto gabinete paralelo de assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro, principalmente após a divulgação de um vídeo de uma reunião em setembro no palácio do planalto com participação de Bolsonaro, a médica Nise Yamaguchi, o deputado Osmar Terra e o virologista Paolo Zanotto, com discursos contra a utilização de vacinas.
Na quarta-feira (9) será a vez de ouvir Élcio Franco, ex-secretário executivo do ministério da Saúde na gestão Pazuello. Na quinta (10), a comissão ouvirá pela primeira vez um governador: Wilson Lima (PSC), do Amazonas, falará sobre a crise de oxigênio no estado no início do ano.
Sexta-feira (11), um debate entre o médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa e da Fiocruz, Claudio Maierovitch, e a microbiologista e pesquisadora da USP Natália Pasternak. Os senadores vão discutir ainda na terça-feira (8) se mantêm ou não para o próximo dia 15 o depoimento do secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, que ele foi preso na última quarta-feira (2) pela Polícia Federal por ser investigado em um esquema irregular de contratação empresas para construção de hospitais de campanha.