Soraya é advogada e nasceu em Dourados em 1º de junho de 1973
Eleita senadora da República na onda conservadora e do bolsonarismo em 2018, a advogada Soraya Vieira Thronicke, 49 anos, vai ser a candidata a presidente da República pelo União Brasil e vai ser uma das adversárias de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano. Ela substitui o deputado federal Luciano Bivar, presidente nacional da sigla, que desistiu da disputa e vai tentar a reeleição em Pernambuco.
A parlamentar acabou sendo a opção para unir o partido após Bolsonaro, segundo fontes, vetar o nome do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil). Com o veto, ele manteve o projeto de disputar uma vaga de senador por Mato Grosso do Sul.
“Pernambuco chamou Luciano Bivar, como o partido me chamou também”, afirmou Soraya na coletiva para confirmar a candidatura presidencial. “Enquanto os outros vão brigar, nós vamos trabalhar para construir algo”, garantiu a senadora.
O União Brasil tem o maior tempo de televisão e de rádio no horário eleitoral e a maior fatia no fundo eleitoral, que deverá ser de R$ 782 milhões.
Formada em Direito pela Unaes de Campo Grande, a senadora tem MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e pós-graduação em Direito Tributário e da Família e sucessões pela Faculdade Professor Damásio de Jesus. Dona, junto com a família, de uma rede de motéis, Soraya entrou na política com as manifestações de rua em 2013 contra a corrupção e pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Com a candidatura de Soraya Thronicke, o União Brasil descarta apoiar Bolsonaro ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A senadora passa a ser uma das adversárias de Bolsonaro, quem apoiou em 2018 e a consagrou nas urnas, quando obteve 373.712 votos e venceu caciques da política regional, como o então senador Waldemir Moka (MDB), o candidato do governador Reinaldo Azambuja, Marcelo Miglioli, e o ex-governador Zeca do PT.
Apesar de ainda ser vice-líder de Bolsonaro no Congresso Nacional, Soraya passou a adotar uma postura mais crítica em relação ao presidente desde a CPI da Covid. “O País enfrenta um momento sério que exige de nós agentes públicos uma atenção redobrada, sabemos o que o Brasil vem passando e não poderíamos ser omissos neste momento”, destacou.
“Nosso DNA continua liberal, da bandeira de imposto único e de reforma tributária, que é nosso maior problema econômico, então todo o plano de governo que estava construído vai permanecer, agora com um toque feminino”, afirmou, sobre as prioridades que serão defendidas durante a campanha eleitoral.
“É uma honra participa deste momento, só tenho a agradecer o convite para substituir o presidente Luciano Bivar que é uma tarefa muito difícil. São missões que a vida nos coloca e que vou honrar”, frisou, no discurso.
“Vamos com coragem, força e fé construir o Brasil que tanto queremos. Conto com o apoio de todos os brasileiros que, assim como eu, amam esse país e não vão desistir dele”, afirmou, na rede social nesta terça-feira (2).
O vice-presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, afirmou que a sigla está definindo o candidato a vice. “O vice vai ser a cereja do bolo”, disse. “Vamos ter chapa vai ser competitiva para fugir a polarização e representar um projeto adequado para o Brasil – e a Soraya tá com todas as qualificações para representar o partido, que é o maior do Brasil”, prometeu.
Com Soraya, Mato Grosso do Sul passa a ter duas candidatas a presidente da República. A outra é a senadora Simone Tebet (MDB), que oficializou a indicação da senadora Mara Gabrilli como candidata a vice-presidente.
Desde Jânio Quadros, que foi eleito presidente em 1960, Mato Grosso do Sul não teve outro candidato na disputa do Palácio do Planalto.
Valdemir
Só mais uma na multidão
Valdemir
Mais uma na multidão.