O major do Exército Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros foi o alvo da Operação Tempus Veritatis em Campo Grande, deflagrada nesta quinta-feira (8) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-ministros. Conforme a Polícia Federal, ele integra o “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral”.
A operação apura a existência de suposta organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do estado democrático de direito. Bolsonaro e o presidente nacional do PL, deputado federal Valdemar Costa Neto (PL), também foram alvos.
Medeiros é acusado de integrar o grupo que tinha a função de produzir, divulgar e amplificar notícias falsas quanto a lisura das eleições presidenciais de 2022 com a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações, das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o Golpe de Estado.
Os alvos de ordem de prisão são:
Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro
Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro
Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército
Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército
Os alvos de mandados de busca e apreensão:
O ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de medidas restritivas – entrega do passaporte às autoridades em até 24 horas, não manter contato com investigados e não pode deixar o País
Valdemar Costa Neto, presidente do PL – partido pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição;
Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
General Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército;
Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;
General Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;
Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;
Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas;
Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército identificado em trocas de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Barbosa Cid;
José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da diocese de Osasco;
Laércio Virgílio;
Mario Fernandes, comandante que ocupou cargos na Secretaria-Geral e era tido como homem de confiança de Bolsonaro;
Ronald Ferreira de Araújo Júnior, oficial do Exército;
Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, major do Exército.