Liandra Brambilla foi eleita com votos de apadrinhados da ex-prefeita e apoio irrestrito da família
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Vereadores, instalada para investigar suspeita de irregularidades em gastos de dinheiro público destinado a combater a pandemia no ano passado em Dourados, terá como relatora uma fiel aliada da ex-prefeita Délia Razuk, a petebista Liandra Brambilla, a “Liandra da Saúde”.
Ou seja, a integrante da CPI responsável em elaborar o relatório sobre eventuais irregularidades nos gastos da ex-prefeita será uma ex-assessora de Délia Razuk, que viabilizou seu nome operando politicamente dentro da Secretaria Municipal de Saúde, onde foi lotada nos quatro anos da gestão passada.
Na campanha do ano passado, Liandra Brambilla recebeu apoio total do Clã Razuk e de demais apoiadores da prefeita, que apostaram tudo na eleição dela.
Os integrantes da comissão foram definidos na sessão desta segunda-feira. O vereador Fábio Luiz (Republicanos) foi definido como presidente da CPI. Ele também integrou a equipe da ex-prefeita como diretor-presidente do Imam (Instituto Municipal de Meio Ambiente).
Mesmo assim, foi Fabio Luis que propôs a abertura da investigação. Estreante na Câmara assim como Liandra e Fabio, o médico Diogo Castilho (DEM) foi escolhido como membro da comissão. Os 19 vereadores douradenses assinaram o requerimento da CPI.
Conforme a assessoria da Câmara, os trabalhos investigativos terão duração de 60 dias. Neste período, a comissão poderá convocar e tomar depoimento de autoridades municipais, intimar testemunhas, além de fazer a verificação contábil de documentos necessários, podendo inclusive requisitar ajuda técnica para tanto.
No requerimento propondo a CPI, apresentado na semana passada, Fabio Luis citou que em 2020 foram repassados R$ 54,9 milhões do governo federal para o município de Dourados investir no combate à pandemia. “Contudo, não se vislumbra a aplicação eficiente, clara e transparente desses recursos no enfrentamento à pandemia e prevenção de vidas em Dourados”.
Ele cita também “inconsistência” no portal de transparência da prefeitura por apresentar receita total de R$ 42,3 milhões, enquanto as despesas executadas somam R$ 11,8 milhões. Outras suspeitas levantadas pelo vereador no requerimento da CPI foram a dispensa de licitação para compra do kit de alimentação escolar no valor de R$ 1,4 milhão e contratação de serviços médicos hospitalares. “É imprescindível uma completa investigação”, afirmou.
Carlos
KKKKKKKKKKKKKKKKKKK, Dourados, não é para amadores não.