O aumento de 16,82% no valor do pedágio da BR-163 em Mato Grosso do Sul, que começou a valer na sexta-feira (18), pode ser revertido. A pedido de deputados, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) vai tentar um acordo com a concessionária CCR MSVia até o dia 4 de setembro para suspender o reajuste, segundo o deputado federal Humberto Pereira, o “Beto Pereira”.
O diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, fez o anúncio na terça-feira (22), em reunião com parlamentares. Além de Beto, participaram do encontro os deputados federais Vander Loubet (PT) e Geraldo Resende (PSDB) e o deputado estadual Pedrossian Neto (PSD).
“A ANTT fez um compromisso com a bancada justamente para que até o dia 4 de setembro possa tentar mediar um acordo com a concessionária, a CCR MSVia para que não fique no prejuízo os usuários de Mato Grosso do Sul”, informou Beto Pereira.
A intenção dos deputados era sensibilizar a agência para a suspensão do reajuste, conforme Vander e Pedrossian. Também foi discutido com o diretor da ANTT a duplicação da BR-163 e a inclusão do ramal Campo Grande-Ponta Porã na Ferrovia Malha Oeste. "Nosso pedido é que seja suspenso esse reajuste", disse Pedrossian.
Reajuste - Na semana passada, a diretoria colegiada da ANTT autorizou reajuste nas nove praças de cobrança da rodovia no Estado. Em Campo Grande, o pedágio passou de R$ 7,80 para R$ 9,10 para carros de passeio, valor mais caro do Estado.
Motociclistas passaram a pagar R$ 4,55, valor que antes era R$ 3,90. Por eixo de caminhão, o valor passou de R$ 7,80 para R$ 9,10. Veículos pesados de seis eixos pagam R$ 54,60.
Logo após a decisão do aumento, o senador Nelson Trad Filho, o “Nelsinho” (PSD), levantou o tema em sessão no Senado Federal, pedindo audiência com a direção da agência e destacou que o valor é “quatro vezes maior do que o valor da inflação”.
A reportagem aguarda resposta da concessionária CCR MSVia sobre o assunto.