Luciane Cintia Pazette é um dos alvos da Operação Águas Turvas, que investiga fraude em licitações
O desembargador Waldir Marques, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, acatou pedido da defesa e concedeu prisão domiciliar a ex-coordenadora de licitações de Bonito, Luciane Cintia Pazette. Por outro lado, a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, do Núcleo de Garantias, negou a soltura do empresário Genilton da Silva Moreira, também preso na Operação Águas Turvas.
Os dois, o ex-secretário municipal de Administração e Finanças, Edilberto Cruz Gonçalves, e o fiscal de obras, o arquiteto Carlos Henrique Sanches Corrêa, foram presos no dia 7 deste mês. Eles são acusados de integrar organização criminosa e integrar esquema que desviou R$ 4,3 milhões da Prefeitura de Bonito.
Dos quatro, apenas Gonçalves não teria contratado advogado nem impetrado com habeas corpus. Sanches aguarda a manifestação da magistrada do Núcleo de Garantias.
Moreira teve a prisão preventiva mantida pela juíza May Melke, conforme despacho publicado no Diário Oficial da Justiça desta sexta-feira (17). Agora, a defesa poderá recorrer ao Tribunal de Justiça.
A esposa do vereador Pedrinho da Marambaia teve mais sorte e conseguiu deixar a prisão graças ao desembargador Waldir Marques. Em despacho publicado ontem, ele citou “situação excepcional” para liberar Luciane mediante monitoramento de tornozeleira eletrônica.
Ela aparece na investigação do Ministério Público Estadual como integrante do esquema comandado por Gonçalves para fraudar licitações e desviar recursos do município. Em um dos trechos, ela pede ajuda para distribuir brindes para o marido, que é vereador. O parlamentar, aliás, chegou a aprovar uma moção de congratulação para a esposa como “funcionária exemplar” no município. O advogado Tiago Bunning Mendes ressaltou, em entrevista ao Midiamax, que a ex-coordenadora de licitações vai provar sua inocência e se livrar das acusações feitas pelo MPE.