Caroline Florenciano dos Reis Rech, de 30 anos, dona de creche que operava clandestinamente em Naviraí e a funcionária dela, Mariana de Araújo Correia, 26, responderão pelos crimes de tortura praticado contra 13 crianças, maus-tratos contra 7 vítimas e por colocarem a saúde de 14 meninos e meninos em risco, dopando-os durante o período que estavam no estabelecimento.
A crueldade das duas mulheres foi filmada em tempo real pela polícia. Investigando denúncia de maus-tratos na “escolinha”, delegados e investigadores de Naviraí viram e ouviram, ao vivo, a bebê de 11 meses sofrendo agressões físicas e psicológicas numa segunda-feira, dia 10 de julho, quando começaram monitoramento à distância usando equipamentos de filmagem escondidos instalados no estabelecimento com autorização judicial. Além disso, assistiram à menina ser dopada.
Diante da violência e risco que crianças corriam nas mãos de Caroline, a equipe da Polícia Civil decidiu invadir a creche e prendeu as duas adultas que estavam no local.
De acordo com informações do site Campo Grande News, ontem (27), Mariana, que havia pagado fiança de 1 salário mínimo (R$ 1.320) para deixar a prisão, no dia 11 de julho, voltou para a cadeia. De acordo com a Polícia Civil, novos elementos surgiram na investigação e, por isso, foi pedida a prisão preventiva (por tempo indeterminado) da cuidadora.
Mariana negou em solo policial ter agredido as crianças, mas contou que viu Caroline bater e beliscar os pequenos. Ela foi indiciada por expor a vida de outrem a perigo, porque foi filmada medicamento bebê de 11 meses com Dramavit – remédio que fez a menina “apagar”. Porém, a investigação verificou depois que além de estar presente nos momentos em que a proprietária do “Cantinho da Tia Carol” praticou agressões físicas e verbais contra a garotinha e ter se omitido diante da tortura, a mulher também agrediu a bebê fisicamente.