Casal tinha duas filhas e homem não aceitava o fim do relacionamento
A mulher de 26 anos que matou o ex-companheiro na manhã deste sábado (10), no Jardim Batistão, para se defender de uma tentativa de feminicídio, viveu quatro anos de violência doméstica. Segundo relato de familiares, a vítima tinha medo do autor e vergonha de denunciar. A mulher está recebendo atendimento médico na Santa Casa de Campo Grande.
Ela contou para a polícia que estava separada do homem, mas ele não aceitava o fim do relacionamento. Nesta madrugada, o autor chegou de bicicleta na casa da vítima e pulou o muro, acreditando que ela estivesse com um homem. Ele arrombou a porta da residência, onde estava a vítima, as duas filhas do casal e uma terceira criança, todas dormindo.
A mulher percebeu a entrada, advertiu o ex e pediu para que saísse da casa, pois chamaria a Polícia Militar. Nesse momento ele passou a agredir a vítima com socos, se apossou de uma faca e desferiu golpes contra ela. Para se defender, ela também pegou uma faca e atingiu o autor no abdome. O homem sofreu hemorragia, não resistiu e morreu no local.
A mulher foi socorrida pelos bombeiros e encaminhada para a Santa Casa, pois tinha ferimentos nos braços e punhos. Na casa onde ocorreu o crime, a perícia localizou três facas e realizou os trabalhos necessários junto à Polícia Civil. O caso foi registrado pela Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, como homicídio simples