Mesmo que a dragagem seja autorizada imediatamente, o processo só poderá começar dentro de 30 dias
A navegação de transporte de cargas no Rio Paraguai foi completamente interrompida devido ao baixo nível das águas, impactando diretamente as operações em Mato Grosso do Sul. A Adecon (Agência de Desenvolvimento Sustentável das Hidrovias e dos Corredores de Exportação) havia emitido um alerta em julho, pedindo urgência na realização de dragagem, mas a paralisação se concretizou na semana passada.
Em comunicado enviado ao Ibama nesta segunda-feira (26/8), segundo o Campo Grande News, a agência destacou que a interrupção das atividades de navegação forçou empresas a tomarem medidas drásticas e que a situação crítica poderá se estender por até cinco meses. Já são registrados impactos, como demissões em municípios ribeirinhos e a transferência do transporte de grãos e minério de ferro para as rodovias.
A Adecon alertou ainda para as consequências ambientais e econômicas da situação, incluindo o aumento de acid Adecon alertou ainda para as consequências ambientais e econômicas da situação, incluindo o aumento de acidentes nas estradas, degradação das vias, maior emissão de CO₂ e elevação dos custos de transporte, que afetam diretamente os investimentos e a geração de empregos.
Mesmo que a dragagem seja autorizada imediatamente, o processo só poderá começar dentro de 30 dias e levará mais de 45 dias para ser concluído nos pontos mais críticos, deixando a navegação paralisada por mais de 100 dias.
Em resposta, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) já havia identificado 18 pontos críticos no Tramo Sul do rio e está desenvolvendo um plano de dragagem emergencial, com expectativa de início das obras entre Corumbá e Porto Murtinho nos próximos meses. A dragagem deve durar até seis meses, com o objetivo de restabelecer a navegabilidade do Rio Paraguai até setembro de 2025.