Mato Grosso do Sul enfrenta um aumento preocupante nos casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) associados à Influenza em 2025. Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), já foram notificados 834 casos de síndrome respiratória hospitalizados. Desses, 17 foram confirmados como Influenza A e sete como Influenza B.
Entre os subtipos identificados do vírus, três casos foram do H1N1 e 1 do H3N2, enquanto seis casos não foram subtipados. Até o momento, o estado registrou três óbitos, sendo dois por Influenza A H1N1 e um por Influenza B.
Os municípios mais afetados incluem Campo Grande, Corumbá, Amambai e Ponta Porã. O boletim também aponta que a faixa etária mais atingida são os idosos e pessoas com comorbidades, como doenças cardiovasculares e imunossupressão.
Um dos óbitos confirmados foi de um idoso de 86 anos, morador de Corumbá, que possuía doença cardiovascular crônica, pneumopatia crônica e imunodepressão.
Baixa cobertura vacinal preocupa
Apesar da gravidade da doença, a cobertura vacinal contra Influenza em Mato Grosso do Sul ainda está abaixo do esperado. Municípios como Dourados (44,1%), Campo Grande (55,8%) e Corumbá (55,9%) apresentam índices preocupantes.
A vacinação é fundamental para reduzir a circulação do vírus e prevenir complicações. O boletim reforça a importância da imunização, especialmente para gestantes, idosos, crianças e povos indígenas, que são os mais vulneráveis.
Monitoramento e prevenção
Para acompanhar a evolução dos casos, o estado mantém Unidades Sentinelas em municípios estratégicos, como Dourados, Campo Grande, Três Lagoas e Corumbá. Essas unidades monitoram não apenas a Influenza, mas também outros vírus respiratórios, como SARS-CoV-2 (Covid-19) e Rinovírus.
A SES reforça que a população deve manter medidas preventivas, como uso de máscaras em locais fechados, higienização das mãos e vacinação em dia.