Segundo a prefeitura, média móvel caiu de 5,2 para 2, redução de 59%; casos também caíram
Pela primeira vez desde 26 de março, não houve nenhuma morte de douradense provocada pela covid-19 nas últimas 24 horas. Nesses quase três meses, 273 moradores de Dourados morreram em decorrência da doença no pior momento da pandemia na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.
O período de 24 horas sem óbitos ocorre uma semana depois de encerrado o lockdown de 14 dias (de 30 de maio a 12 de junho) decretado pelo prefeito Alan Guedes (PP) para conter a disseminação do vírus.
Segundo a prefeitura, a ausência de mortes entre domingo e hoje é mais um indicativo de melhora dos dados depois do “fecha tudo”. Levantamento feito pela Vigilância Epidemiológica mostra que a média móvel de mortes passou de 5,2 para 2, redução de 59%.
Nas semana epidemiológica 22, a primeira com restrições, foram registrados 37 óbitos. Na semana 24, encerrada ontem, foram 14 mortes.
“A melhora também aparece quando comparamos os números de casos positivos. Na semana epidemiológica 22, foram 1.475, enquanto na última semana, 24, foram registrados 426 novos casos positivos, redução percentual de 71,1%”, segundo a prefeitura. Ainda conforme o boletim epidemiológico, houve redução de 59% no número de casos graves.
Entre as semanas 19 e 22, ainda em maio, foram 5.233 casos novos confirmados em Dourados. Foi naquele período que o município registrou pela primeira vez quatro semanas consecutivas com mais de mil casos. Na pior semana foram 1.475 casos. Já na semana 23, a última com as restrições, foram 960 casos e na semana encerrada ontem426, redução de 38,7%.
Desde o início da pandemia, 35.305 douradenses já foram infectados pelo coronavírus. Atualmente são 33.400 considerados recuperados, 1.250 em isolamento domiciliar e 74 internados – 43 em leitos de UTI e 31 em enfermaria. O total de óbitos está em 581.
Até ontem à tarde, apenas três pessoas estavam na fila esperando leito de UTI na macrorregião de Dourados. O número superou 60 em maio. Quinze pacientes foram levados para leitos de UTI em outros Estados nas últimas duas semanas. Segundo a prefeitura, a redução da fila foi de 95,7%.
Conforme o médico responsável pela Central de Regulação do município, Frederico Weissinger, a redução ocorreu por diversos fatores. “Entre eles está a redução de novos casos, o encaminhamento de pacientes para outros estados e a melhora de pacientes que estavam ocupando esses leitos, passando de UTI para enfermaria, e o óbito de outros pacientes”.
Segundo ele, o número de casos graves também apresentou redução média de 59%. “No entanto, a taxa de ocupação se mantém em 100%, pois a fila não acabou, ainda temos 3 pacientes na espera por leitos nesse momento”. O balanço diário de ocupação dos leitos ainda não foi divulgado hoje.