O mais recente boletim epidemiológico da dengue, divulgado nessa terça-feira (11/3), pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), revela um aumento expressivo dos casos da doença em Mato Grosso do Sul. Até a semana epidemiológica 10, foram notificados 4.308 casos prováveis no Estado, com 1.424 casos confirmados e quatro óbitos registrados.
Os municípios com os maiores índices de casos prováveis por 100 mil habitantes são:
Jateí: 6.469,6 casos por 100 mil habitantes (232 casos prováveis)
Selvíria: 4.163,6 casos por 100 mil habitantes (339 casos prováveis)
Japorã: 1.448,2 casos por 100 mil habitantes (118 casos prováveis)
Glória de Dourados: 1.101,1 casos por 100 mil habitantes (115 casos prováveis)
Inocência: 1.023,3 casos por 100 mil habitantes (86 casos prováveis)
No total, 23 municípios de MS apresentam alta incidência da doença, o que indica um alerta para o controle do mosquito Aedes aegypti.
Comparativo com anos anteriores
Nos últimos anos, a dengue tem apresentado oscilações no Estado. Em 2024, foram confirmados 16.229 casos, enquanto em 2023 esse número chegou a 41.046. Em 2022, haviam sido registrados 21.328 casos. A taxa de letalidade também aumentou em 2025, chegando a 0,28%.
Óbitos confirmados
Os quatro óbitos por dengue confirmados em 2025 ocorreram nos seguintes municípios:
Inocência: Mulher, 76 anos
Três Lagoas: Mulher, 65 anos
Nova Andradina: Mulher, 88 anos
Aquidauana: Mulher, 74 anos
Duas vítimas apresentavam comorbidades, como diabetes e hipertensão arterial.
Vacinação
A campanha de vacinação contra a dengue em Mato Grosso do Sul segue em ritmo acelerado. O Estado recebeu 207.796 doses da vacina, das quais 91.088 foram aplicadas como primeira dose, alcançando 45,24% de cobertura. A segunda dose foi aplicada em 40.837 pessoas, atingindo uma cobertura de 20,28%.
Os municípios com maior cobertura de primeira dose são:
Selvíria: 96,10%
Novo Horizonte do Sul: 90,22%
Nioaque: 90,06%
Medidas de Prevenção e Controle
Diante do aumento de casos, autoridades recomendam medidas rigorosas de prevenção, como eliminação de criadouros do mosquito, uso de repelentes e fortalecimento das ações de conscientização nas cidades com maior incidência.
O boletim destaca ainda a necessidade de intensificar o monitoramento e o combate ao mosquito Aedes aegypti, principalmente em municípios com altos índices de infestação.
Com o aumento expressivo dos casos de dengue em 2025, Mato Grosso do Sul enfrenta um desafio de saúde pública. A população deve seguir as orientações dos órgãos de saúde para evitar a propagação da doença, e a vacinação segue como uma das principais estratégias de controle. A mobilização social e o engajamento das autoridades serão fundamentais para conter o avanço da epidemia no Estado.