Nem mesmo toque de recolher às 20h e bares fechados depois das 16 foram suficientes para melhorar taxa
Mais uma vez MS foi exemplo negativo em isolamento social (Edemir Rodrigues)
A primeira semana das medidas mais restritivas para tentar convencer as pessoas a ficarem em casa e frear a proliferação da covid-19 foi de fracasso total em Mato Grosso do Sul. No fim de semana, MS teve o segundo pior isolamento do País e ganhou apenas do Rio de Janeiro.
Com taxa foi de apenas 43% de pessoas em isolamento social, Mato Grosso do Sul ocupa o triste penúltimo lugar no Brasil, segundo o secretário estadual de Saúde Geraldo Resende. Mesmo registrando taxa de letalidade em 1,9% (índice de mortes em comparação ao total de infectados), média móvel de novos casos em 1.135,6 e alta taxa de contaminação (1,3) em consequência da nova variante, os sul-mato-grossenses parecem não entender a necessidade de seguir as orientações sanitárias.
Entre as capitais do país com pior desempenho, Campo Grande só perde para o Rio de Janeiro e Boa Vista. “Estamos com isolamento bastante frágil”, ressaltou Geraldo Resende. Tanto ele quanto o governador Reinaldo Azambuja, que também participou do Boletim Covid- 19, pediram a colaboração de todos no cumprimento dos decretos, nas decisões tomadas pelo colegiado de prefeitos.
“Não é feriado, é isolamento”, destacou o governador. Ambos concordam que não há outra saída no momento. Com hospitais lotados, filas de espera e falta de profissionais capacitados, os cidadãos precisam se conscientizar desde grave momento.
A média de internações foi para 1.086 na última semana e a média de óbitos está em 32,2. Em 24 horas foram registrados 663 novos casos e 28 óbitos. Mas esses números, de acordo com o secretário, podem ser ainda mais altos, pois muitos municípios ainda não fecharam os relatórios do final de semana.
A subsecretária de Saúde Christine Maymone chamou a atenção para a idade das pessoas que morrem. “Cerca de 1/3 é de pacientes com menos de 60 anos”. A médica fez mais um alerta à população: “ou salvamos agora ou não nos salvaremos mais. O momento é agora”. Isolamento, uso de máscara e demais cuidados sanitários, de acordo com Maymone, são cuidados essenciais para todos.
