O "Dia D" da campanha de vacinação contra Influenza, realizado no último sábado (10) em Dourados, representou um passo importante na imunização da população contra doenças respiratórias. A mobilização vacinou 3.454 pessoas em todos os postos de saúde do município, demonstrando o empenho da rede pública em proteger os grupos mais vulneráveis.
Até agora, das 43 mil doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde, cerca de 36 mil foram aplicadas. Apesar do avanço, os dados ainda acendem um alerta: apenas 29% do público-alvo foi imunizado até o momento, o que preocupa as autoridades diante do aumento da demanda hospitalar.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Márcio Figueiredo, é urgente que mais pessoas procurem os postos. “É essencial que idosos e crianças, que são os mais vulneráveis e estão ocupando a maioria dos leitos, sejam imunizados o quanto antes. Isso ajuda a evitar o agravamento dos casos e a reduzir a sobrecarga nos hospitais”, destacou. A campanha segue voltada para idosos, crianças pequenas, gestantes, indígenas, quilombolas, profissionais da saúde, professores, forças de segurança e pessoas com comorbidades.
Mas, enquanto a vacinação avança, o sistema público de saúde de Dourados enfrenta um cenário preocupante. Com todos os leitos de UTI do Hospital da Vida ocupados, na semana passada, a Prefeitura firmou uma parceria emergencial com o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), que disponibilizou cinco leitos de UTI adulto para desafogar o atendimento, que serão utilizadas para atender pacientes em estado grave, especialmente com síndromes respiratórias agudas.
Para quem ainda não se vacinou, as doses continuam disponíveis durante a semana, nas unidades de saúde, das 7h às 11h e das 13h às 17h. Aos fins de semana, o atendimento ocorre no PAM, das 7h às 17h, e na Seleta, das 7h às 22h. “A participação da população é fundamental para conter o avanço de doenças respiratórias e evitar o colapso da rede hospitalar. Vacinar-se é um ato de cuidado coletivo, que protege não apenas quem recebe a dose, mas toda a comunidade”, enfatizou o secretário Márcio Figueiredo.