Acusado de roubos, paraguaio de 31 anos foi mais uma vítima dos “Justiceiros da Fronteira”
Sequestrado por quatro bandidos armados na noite de ontem em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, Emílio Garcia Paredes, 31, foi encontrado morto na manhã deste sábado (6) em Ponta Porã. Com vários antecedentes por assaltos, organização criminosa e outros crimes, Paredes foi mais uma vítima do grupo de extermínio autodenominado “Justiceiros da Fronteira”.
Ele foi torturado, teve as mãos decepadas e executado a tiros de fuzil. O crânio foi destroçado pelos disparos e o corpo “desovado” no portão do Clube do Laço de Ponta Porã, na margem da BR-463, saída para Dourados.
Ao lado do corpo foi deixado um cartaz com frases escritas em espanhol: “Justiceiros da Fronteira. Não roubar na fronteira. Vamos pegar cada um. É só o começo!”.
Esse tipo de recado foi deixado ao lado de várias vítimas de execução nos últimos anos na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. O caso mais recente foi em setembro do ano passado. Lucas Valdez Ramírez de 18, também tinha antecedentes por furtos e foi morto em Pedro Juan Caballero.
No ano anterior, o grupo de extermínio executou outras duas pessoas em Ponta Porã. Dagmar Cleidson Fêo, 26, e João Vitor Barrios Hirakawauchi, 19, faziam parte da mesma quadrilha que vinha praticando assaltos na fronteira.